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28/11/2015 às 17h47min - Atualizada em 28/11/2015 às 17h47min

Quatro anos após, irmãos vão a júri pela morte do modelo Eric Ferraz

Julgamento acontece dia 9 de dezembro; família quer pena máxima para réus

O Fato com Gazetaweb

Quase quatro anos após o assassinato do modelo Eric Ferraz, a juíza Lorena Carla Santos Vasconcelos Sotto-Mayor, da Comarca de Viçosa, marcou o júri popular dos acusados do crime. O policial civil Jaysley Leite de Oliveira e o irmão dele, Judarley Leite de Oliveira, sentam no banco dos réus no dia 9 de dezembro, às 10h30, no Fórum de Viçosa. A família da vítima aguarda ansiosa pelo julgamento e espera que os réus sejam condenados com a pena máxima.

 


Edglemens dos Santos, pai de Eric Ferraz, lembra que fez um pedido formal à Justiça para que o processo fosse desaforado para outra comarca, mas o requerimento foi negado e o júri marcado mesmo assim. Ele justifica que os acusados têm histórico violento na cidade e que o pai dos dois já foi, inclusive, presidente da Câmara de Vereadores, exercendo grande influência na comunidade. 

O pai disse que vai ao júri, porém teme pela integridade física durante o deslocamento. “Temos receio de fazer o deslocamento para Viçosa. No dia em que ocorreram as audiências do processo, tivemos que pedir apoio dos militares do Bope [Batalhão de Operações Policiais Especiais] e de agentes do Tigre [Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais]. Todas as vezes que fomos convocados pela Justiça, nos sentimos intimidados, percebemos olhares e atitudes suspeitas em nossa direção. Temos muito medo do que pode nos acontecer”, relata Edglemens.
 

Apesar do que sente, o pai acredita que o júri popular será a oportunidade de se fazer justiça ao crime. “Nada vai fazer trazer o meu filho de volta ao nosso convívio. Sei que este país tem impunidade, muitos crimes nem são julgados e graças a Deus este vai ser. Esperamos, sinceramente, que os dois peguem a pena máxima. Será como um alívio para nós, por tudo o que aconteceu”, afirma.

Edglemens revela que a dor pela perda do filho nunca passa e quase quatro anos após a saudade permanece muito grande. “A dor no peito é muito forte. Acabou os sonhos da nossa família. Vivemos, apenas, por viver. A vida está arrasada. Ter que enterrar um filho, é como enterrar também a nossa vida junto”, destaca, emocionado.
 

Em fevereiro deste ano, o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) negou a revisão criminal, solicitada pela defesa do policial civil Jaysley. Os advogados pediram que fosse revertida a pronúncia do réu, de forma que ele não fosse submetido a júri popular. O relator do processo, à época, desembargador Sebastião Costa Filho, disse que não se poderia “rediscutir o que já foi decidido no recurso apropriado com inovações jurídicas desprovidas de previsão legal”. O mesmo pedido feito pelo Judarley foi negado pela Justiça. Judarley está preso e o policial solto. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado.
 



Crime

Eric Ferraz foi morto a tiros na festa de virada de ano de 2012, em meio a milhares de pessoas, que acompanhavam a apresentação de grupos musicais, em Viçosa. Ele foi atingido por cinco disparos.

Populares disseram que o crime foi motivado por confusão envolvendo o modelo, a namorada de Eric Ferraz e os dois irmãos - que, após o suposto desentendimento, efetuaram os disparos de arma de fogo que resultaram na morte de Eric.


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