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14/07/2016 às 00h29min - Atualizada em 14/07/2016 às 00h29min

Rodrigo Maia é eleito presidente da Câmara dos Deputados

O Fato com o Globo
  • BRASÍLIA — O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) é o novo presidente da Câmara. Ele foi eleito no segundo turno da votação, ao receber 285 votos, derrotando o candidato do PSD, Rogério Rosso (DF), que recebeu 170. Maia também venceu o primeiro turno com 120 votos contra 106 de Rosso. Ele será o segundo na linha sucessória da Presidência da República e poderá assumir o cargo em caso de viagem do presidente interino Michel Temer.

    Antes mesmo da votação, o candidato do PSD reconheceu que estava em desvantagem e previu uma derrota por 30 a 40 votos, apesar de ter recebido o apoio do PP.

    Além de PSDB, DEM, PSB e PPS, o candidato do DEM recebeu o apoio no segundo turno do PR, que tem 43 deputados, além das bancadas do PMDB do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e do candidato derrotado do partido, Marcelo Castro, que recebeu 70 votos.

    O PMDB, maior partido na Câmara, decidiu liberar a bancada. O PT, que tem 58 parlamentares, também. A legenda apostava na vitória de Castro, ex-ministro do governo Dilma Rousseff.

    Ex-líder do PFL e ex-presidente do DEM, Maia fez oposição ferrenha aos governos Lula e Dilma e não tinha trânsito na Câmara nas gestões petistas. Cotado para ser líder do governo Temer na Câmara, ele acabou preterido por André Moura (PSC-SE), que teve o apoio de Cunha e dos partidos do centrão.Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, ele é casado com Patrícia Vasconcelos, enteada de Moreira Franco, assessor especial de privatizações do governo Temer.

    No discurso antes da votação no segundo turno, o deputado do DEM foi aplaudido ao defender que, caso eleito, governará junto com os outros 512 parlamentares:

    — Podem ter certeza: se eu sentar naquela cadeira, serei um de 513. Vamos governar essa casa juntos.

    Maia defendeu também o fim do "império dos líderes" e que se dê mais espaço aos demais parlamentares.

    — Nós vamos devolver o plenário à sua soberania. Nosso voto hoje tem veto, porque poucos decidem pela gente. É melhor votar com calma, mas votar a matéria de forma correta. É o que cada um de nós quer, e vamos trabalhar para acabar com o império dos líderes. Eles são fundamentais, mas não são os únicos com direito a palavra.

    Ele disse ainda que quer fazer com que os deputados voltem a se orgulhar da profissão que escolheram, e que, para isso, é preciso uma Câmara forte:

    — Está faltando uma Câmara dos Deputados forte, que nos orgulhemos de usar esse broche, que passamos a ter vergonha para não sermos vaiados na rua.

    Maia disse que foi criticado por ter interlocução com os partidos de esquerda, mas defendeu uma oposição forte para fiscalizar o governo que apoia:

    — Quem quer calar a oposição não quer democracia. Queremos uma oposição forte ao nosso governo, que vai nos ajudar a enxergar os nossos erros — afirmou.

    O deputado citou nomes que disse admirar ao chegar à Câmara. Um deles foi o do ex-deputado José Genoino, condenado no mensalão.

    Em seguida, Rogério Rosso (PSD-DF) iniciou seu discurso pedindo que o adversário subisse à tribuna para abraçá-lo.

    — Rodrigo, quero te dar um abraço para que qualquer um que for eleito, a gente possa recomeçar — disse Rosso.

    Visivelmente constrangido, Rodrigo Maia subiu e abraçou o adversário.

  • A GUERRA NA CÂMARA

    Tucano e petista confraternizam e cantam vitória de Rodrigo Maia

    14/07/2016 00:05

    BRASÍLIA — O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), e o ex-presidente da Casa Arlindo Chinaglia (PT-SP) se abraçaram e confraternizaram no plenário. Eles estão otimistas numa vitória de Rodrigo Maia. Os petistas acreditam que, dos 58 deputados, 30 devem comparecer para votar e a grande maioria em apoio a Maia.

    — Ele (Maia) não merece, mas vamos votar nele — disse um dos petistas pró-Maia na noite desta quarta.

    (Júnia Gama)


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