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24/09/2015 às 18h00min - Atualizada em 24/09/2015 às 18h00min

Luiz Pedro é condenado a mais de 26 anos por assassinato

O Fato com Cadaminuto

Após dois dias de júri popular, o ex-deputado estadual e ex-vereador por Maceió, Luiz Pedro, foi condenado a 21 anos e dez meses de prisão pelo homicídio qualificado do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, ocorrido em agosto de 2004. Ele também foi condenado a dois anos e quatro meses pelo sequestro da vítima e a dois anos e três meses por formação de quadrilha, totalizando uma pena de 26 anos e cinco meses.

Inicialmente, a pena deve ser cumprida em regime fechado, mas, ele continuará respondendo em liberdade até o trânsito em julgado da sentença condenatória. 

“Eu tinha certeza absoluta que, apesar do tempo, esse dia iria chegar. Tenho certeza que meu filho está aqui”, disse, emocionado, o pai de Carlos Roberto, Sebastião Pereira dos Santos, após a leitura da sentença. Durante seu depoimento, ontem, ele voltou a  afirmar que não tinha dúvidas a respeito, tanto da intelectualidade, quanto da materialidade do crime.

“Alagoas precisava dessa resposta. Chega de impunidade. Somos quatro familiares e estamos mostrando a sociedade que a justiça hoje foi feita”, completou o irmão da vítima, Carlos André, ao comentar a decisão.

Antes dos jurados se reunirem na sala secreta para discutir o caso, o advogado de defesa, José Fragoso, voltou a afirmar a inocência do réu: "Luiz Pedro não tem absolutamente nada a ver com esse episódio. Ele é inocente, ele não participou do crime, não há provas contra ele. As pessoas pobres aqui presentes estão prestando solidariedade ao seu líder. Hoje durmo o sonho dos justos, defendi uma causa justa, um homem inocente. Seja qual for o resultado, irei para casa tranquilo”.

José Fragoso irá recorrer da decisão do Tribunal do Júri.

Pablo Escobar e Hitler

Pela manhã, o advogado João Uchôa, que trabalha como assistente de acusação, comparou o ex-cabo da PM ao traficante Pablo Escobar: “Luiz Pedro é o Pablo Escobar do Brasil e quem depende do seu assistencialismo, tem que rezar na sua cartilha”.

Já o promotor Carlos Davi Lopes ressaltou a coragem da família da vítima em passar mais de 11 anos em busca de justiça.  O membro do Ministério Público Estadual de Alagoas voltou a apontar Luiz Pedro como autor intelectual do assassinato e comparou a sua frieza a do líder nazista Hitler, responsável pelo extermínio de milhares de judeus durante a segunda guerra mundial.

Ontem, foram ouvidas as testemunhas de acusação e defesa e o próprio Luiz Pedro, que negou participação no crime: “Eu sei eu não sou santo, fui linha dura de delegacia. Na época que eu era delegado, descia as grotas atrás dos bandidos. Mas não matei ninguém. Eu entendo que Seu Sebastião esteja com raiva de mim, ele é pai, mas não mandei matar o filho dele”, afirmou, se referindo a Sebastião Pereira, pai de Carlos Roberto, que acompanhou todo o julgamento no Fórum do Barro Duro.


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