O desespero é gritando nos seguidores do candidato ao Governo de Alagoas ,Rodrigo Cunha. Em um grupo de whatsapp o invisível “CHP”, ameaçou Jornalista , que denunciou o desespero de Rodrigo Cunha em querer impedir o Governador Paulo Dantas, citar Lula e Renan, durante a campanha eleitoral. São verdadeiros saudosistas da “Ditadura Militar”, em querer calar a imprensa livre.
Um pouco de história do Brasil
Vladimir Herzog, nascido
Vlado Herzog (
Osijek,
Reino da Iugoslávia,
27 de junho de
1937 —
São Paulo,
25 de outubro de
1975), foi um
jornalista,
professor e
dramaturgo brasileiro.
Herzog nasceu na cidade de
Osijek, na então
Iugoslávia, em 1937, filho de um casal de origem
judaica. Durante a
Segunda Guerra Mundial, para escapar do
antissemitismo praticado pelo
estado fantoche da
Croácia, então controlado pela
Alemanha Nazista, a família fugiu primeiramente para a
Itália, onde viveu clandestinamente até imigrar para o
Brasil.
Naturalizado brasileiro, Vladimir também tinha paixão pela
fotografia, atividade que exercia por conta de seus projetos com o
cinema.
[2] Passou a assinar "Vladimir" por considerar que seu nome soasse exótico para os brasileiros. Na década de 1970, assumiu a direção do departamento de
telejornalismo da
TV Cultura e também foi professor de jornalismo na
Escola de Comunicações e Artes (ECA) da
Universidade de São Paulo (USP).
O nome de Vladimir tornou-se central no movimento pela restauração da
democracia no país após 1964. Militante do
Partido Comunista Brasileiro, foi
torturado e assassinado pelo
regime militar brasileiro durante a
ditadura nas instalações do
DOI-CODI, no quartel-general do
II Exército, no município de
São Paulo, após ter se apresentado voluntariamente ao órgão para "prestar esclarecimentos"
[3][2][5] sobre suas ligações com o
Partido Comunista Brasileiro (PCB).
[6] Primeiros anos Herzog nasceu na cidade de
Osijek, em 1937, na então
Iugoslávia (atual
Croácia), filho do casal de origem
judaica Zigmund Herzog e Zora Wolner. Durante a
Segunda Guerra Mundial, para escapar do
antissemitismo praticado pelo
estado fantoche da
Croácia, então controlado pela
Alemanha Nazista, que ocupava a Iugoslávia desde 1941, o casal fugiu primeiramente para a
Itália, decidindo depois emigrar com o filho para o Brasil, terminado o conflito.
[7][8][9] Educação e carreira Sua esposa Clarice Herzog
Herzog se formou em
Filosofia pela
Universidade de São Paulo, em
1959. Depois de formado, trabalhou em importantes
órgãos de imprensa no Brasil, como
O Estado de S. Paulo. Nessa época, passou a assinar "Vladimir", em vez de "Vlado", por acreditar que seu nome verdadeiro soaria um tanto exótico no Brasil.
[3] Vladimir também trabalhou por três anos na
BBC de
Londres.
Na
década de 1970, assumiu a direção do departamento de
telejornalismo da
TV Cultura, de
São Paulo. Também foi professor de jornalismo na
Escola de Comunicações e Artes da
USP. Na mesma época, envolvido com intelectuais do
teatro, também atuou como
dramaturgo. Em sua maturidade, Vladimir, que foi vinculado do
Partido Comunista Brasileiro, passou a atuar politicamente no
movimento de resistência contra a
ditadura militar.
Contexto Em
1974, o general
Ernesto Geisel tomou posse da Presidência da República com um discurso de abertura política (na época chamado de "distensão"), o que na prática significaria a diminuição da
censura, investigar as denúncias de
torturas e dar maior participação aos civis no governo. Todavia, o governo enfrentava dois infortúnios: a derrota nas eleições parlamentares e a
crise do petróleo. Além disso, o general
Ednardo D'Ávila Mello, comandante do II Exército, fazia afirmações de que os comunistas estariam infiltrados no governo de São Paulo, na época chefiado por
Paulo Egydio Martins, o que criou uma certa tensão entre estes. Nesse cenário, a
linha dura sentiu-se ameaçada, e em 1975 a repressão continuava forte. O
Centro de Informações do Exército (CIE) se voltou essencialmente contra o
Partido Comunista Brasileiro, do qual Herzog era militante, mas não desenvolvia atividades clandestinas. Através do jornalista
Paulo Markun, Herzog chegou a ser informado que seria preso, mas não fugiu.
A prisão Em
24 de outubro de 1975 — época em que Herzog já era diretor de jornalismo da
TV Cultura, após campanha contra a sua gestão, levada a cabo na
Assembleia Legislativa de São Paulo pelos deputados
Wadih Helu e
José Maria Marin, pertencentes ao partido de sustentação do regime militar, a
ARENA,
[13][14] agentes do
II Exército convocaram Vladimir para prestar depoimento sobre as ligações que ele mantinha com o
Partido Comunista Brasileiro, partido que atuava na ilegalidade durante o regime militar. No dia seguinte, Herzog compareceu espontaneamente ao
DOI-CODI. Ele ficou preso com mais dois jornalistas, George Benigno Jatahy Duque Estrada e
Rodolfo Oswaldo Konder. Pela manhã, Vlado negou qualquer ligação ao PCB. A partir daí, os outros dois jornalistas foram levados para um corredor, de onde puderam escutar uma ordem para que se trouxesse a máquina de choques elétricos. Para abafar o som da tortura, um rádio com som alto foi ligado. Posteriormente, Konder foi obrigado a assinar um documento no qual ele afirmava ter aliciado Vlado "para entrar no PCB e listava outras pessoas que integrariam o partido." Logo, Konder foi levado à tortura, e Vlado não mais foi visto com vida.
A morte Imagem do jornalista Vladimir Herzog morto no
DOI-CODI de
São Paulo O
Serviço Nacional de Informações recebeu uma mensagem em Brasília de que naquele dia 25 de outubro: "cerca de 15h, o jornalista Vladimir Herzog suicidou-se no
DOI/CODI/
II Exército". Na época, era comum que o governo militar divulgasse que as vítimas de suas torturas e assassinatos haviam perecido por "suicídio", fuga ou atropelamento, o que gerou comentários irônicos de que Herzog e outras vítimas haviam sido "suicidados" pela ditadura. O jornalista
Elio Gaspari comenta que "suicídios desse tipo são possíveis, porém raros. No porão da ditadura, tornaram-se comuns, maioria até."
Conforme o Laudo de Encontro de Cadáver expedido pela
Polícia Técnica de São Paulo, Herzog se enforcara com uma tira de pano - a "cinta do macacão que o preso usava" - amarrada a uma grade a 1,63 metro de altura. Ocorre que o macacão dos prisioneiros do
DOI-CODI não tinha cinto, o qual era retirado, juntamente com os cordões dos sapatos, segundo a praxe naquele órgão. No laudo, foram anexadas fotos que mostravam os pés do prisioneiro tocando o chão, com os joelhos fletidos - posição em que o enforcamento era impossível. Foi também constatada a existência de duas marcas no pescoço, típicas de
estrangulamento.
Vladimir era
judeu, e a tradição judaica manda que suicidas sejam sepultados em local separado. Mas quando os membros da
Chevra kadisha – responsáveis pela preparação dos corpos dos mortos segundo os
preceitos do judaísmo – preparavam o corpo para o funeral, o
rabino Henry Sobel, líder da comunidade, viu as marcas da tortura. "Vi o corpo de Herzog. Não havia dúvidas de que ele tinha sido torturado e assassinado", declarou. Assim, foi decidido que Vlado seria enterrado no centro do
Cemitério Israelita do Butantã, o que significava desmentir publicamente a versão oficial de suicídio. As notícias sobre a morte de Vlado se espalharam, atropelando a
censura à imprensa então vigente. Sobel diria mais tarde: "O assassinato de Herzog foi o catalisador da volta da democracia".
Anos depois, em outubro de
1978, o juiz federal Márcio Moraes, em sentença histórica, responsabilizou o
governo federal pela morte de Herzog e pediu a apuração da sua autoria e das condições em que ocorrera. Entretanto nada foi feito. Em
24 de setembro de
2012, o
registro de óbito de Vladimir Herzog foi retificado, passando a constar que a "morte decorreu de lesões e
maus-tratos sofridos em dependência do
II Exército – SP (
Doi-Codi)", conforme havia sido solicitado pela
Comissão Nacional da Verdade. Em 2018, a
Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil por negligência na investigação do assassinato do jornalista.
Histórico fonte:
Vladimir Herzog – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Texto: Jornalista Raudrin de Lima