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30/10/2017 às 20h27min - Atualizada em 30/10/2017 às 20h27min

Funaro diz que Temer sabia do esquema de fraudes com Eduardo Cunha na Caixa

O Fato com JB

O doleiro Lúcio Funaro disse, em mais um depoimento de sua delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF), que o presidente Michel Temer tinha pleno conhecimento do esquema de fraudes e desvios do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) da Caixa Econômica Federal, durante a gestão do então vice-presidente do banco Fábio Cleto, aliado do ex-deputado Eduardo Cunha.

Funaro, que esteve no comando dos fundos de loteria da Caixa, contou que repassava a Cunha informações sobre as empresas que estavam buscando recursos e que cabia ao ex-presidente da Câmara ir a essas empresas e cobrar a propina para que houvesse a liberação dos recursos. A propina abasteceu campanhas do PMDB e a prática era de conhecimento de Temer, do ministro Moreira Franco e dos ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.

Cúpula do PMDB sabia de esquema, sustenta o doleiro Lúcio Funaro

Cúpula do PMDB sabia de esquema, sustenta o doleiro Lúcio Funaro

Cúpula do PMDB sabia de esquema, sustenta o doleiro Lúcio Funaro

O doleiro contou, ainda, que conheceu Eduardo Cunha no final de 2002 e que, a partir de 2003 passou a ter reuniões semanais com o ex-deputado para tratar exclusivamente de negócios ilícitos. Segundo Funaro, foram pelo menos 780 encontros, e que Cunha tinha tanta "neurose" com a possibilidade de grampos telefônicos da Polícia Federal, que ele providenciou aparelhos israelitas para criptografar as ligações e embaralhar as vozes.

"Então, se você quebrar o sigilo telefônico, vão ter pouquíssimas ligações com o deputado Eduardo Cunha", disse o doleiro, cuja delação embasou parte da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), por organização criminosa e obstrução de Justiça, contra o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha.

Os citados negam a veracidade das informações fornecidas por Funaro. Já Eduardo Cunha, que está preso há mais de um ano em Curitiba (PR), afirmou que vai desmentir todas as declarações de seu ex-sócio em depoimento que dará ao MPF no próximo dia 6.


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