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14/01/2017 às 19h40min - Atualizada em 14/01/2017 às 19h40min

Eduardo Cunha faz contagem regressiva para iniciar acordo de delação

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha teria definido uma contagem regressiva para começar a discutir a sua delação premiada. Insatisfeito com a possibilidade de prisão de seus familiares, através de recados na direção do governo federal, Cunha estaria avaliando se seus antigos aliados continuam ou não fiéis a ele. Se até o fim deste mês ele constatar que foi abandonado, Cunha estaria então disposto a dar início aos acordos para a delação, de acordo com o Estado de S. Paulo.

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Eduardo Cunha está preso deste outubro do ano passado. Na ocasião, chegou a afirmar que escreveria um livro com suas "memórias", num claro recado sobre a quantidade de informações que possui sobre importantes nomes do poder. Interlocutores destacam que se Cunha falar tudo o que sabe, poucos nomes sobrariam ilesos no atual cenário político.

Nesta sexta-feira (13), operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-ministro Geddel Vieira Lima se baseou justamente em informações obtidas em celular encontrado na então residência oficial de Cunha. Interlocutores destacam que o farto material obtido no aparelho é apenas uma mostra do explosivo arquivo em posse de Cunha. Fontes também reforçam que a operação desta sexta-feira pode ter precipitado as negociações sobre a delação. A pressão sobre o ex-deputado teria aumentado sobretudo pela possibilidade de, contando o que sabe, poder diminuir as consequências jurídicas que pesam sobre ele.

Eduardo Cunha faz contagem regressiva para iniciar acordo de delação   

Eduardo Cunha faz contagem regressiva para iniciar acordo de delação   

Eduardo Cunha faz contagem regressiva para iniciar acordo de delação   

A operação de sexta-feira investiga um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica entre 2011 e 2013. À época, Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa. De acordo com a PF, Geddel atuou em conjunto com Eduardo Cunha (PMDB), Fábio Cleto (então vice-presidente da Caixa) e o doleiro Lúcio Funaro para beneficiar empresas. Dentre as empresas citadas como beneficiárias do esquema estão o grupo J&F, a BR Vias (pertencente ao Grupo Constantino e alvo da Operação Lava Jato), a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, Digibrás, Inepar, Grupo Bertin, entre outras. Em troca, elas pagavam propinas. A informação consta no despacho do juiz Vallisney de Souza Lima, que autorizou a operação. 


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