Presos da Central de Flagrantes I, situada no bairro do Farol, em Maceió, ameaçam fazer uma rebelião caso não sejam transferidos para a Casa de Custódia ou para o sistema prisional do estado. O motim, segundo agentes, é liderado por Luciano Cândido da Silva, membro de uma facção criminosa e que ameaça de morte os policiais da Central.
De acordo com informações da polícia repassadas à TV Gazeta, as ameaças tiveram início na segunda-feira (15), quando Luciano foi preso novamente, dessa vez, por suspeita de tráfico de drogas. Ele também é suspeito de envolvimento nos ataques a ônibus na Praça da Macaxeira, no bairro do Jacintinho, ainda no ano passado.
No momento, há 43 homens detidos na carceragem, porém, a capacidade é de 24 presos. A superlotação revoltou os detidos, que, liderados por Luciano, batem na grade das celas e jogam objetos no corredor. Segundo os agentes de plantão, Cândido - ligado a uma facção criminosa - chegou a dizer que mataria um policial civil.
O clima é de tensão na Central de Flagrantes e, até agora, os policiais não receberam nenhuma informação sobre a transferência dos detidos.
Na Casa de Custódia
Enquanto isso, a superlotação carcerária também é realidade na Casa de Custódia, no Jacintinho, onde há 75 presos, cujas celas têm capacidade para 35, apenas. Além disso, um agente de polícia que preferiu não se identificar denunciou à reportagem infestação de baratas e ratos, e fossa estourada. "Há qualquer momento, pode haver uma rebelião aqui. Só ontem, vinte presos foram trazidos para cá por apenas três policiais".