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12/10/2015 às 12h04min - Atualizada em 12/10/2015 às 12h04min

Cunha e Dilma: dois pesos e duas medidas

Marcus Robson Filho

Cunha e Dilma: dois pesos e duas medidas

Nessa última semana, chegaram ao Brasil o que se pode considerar como indícios do envolvimento do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, nessa gigantesco esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na denominada Operação Lava-Jato. Segundo o Ministério Público da Suíça, Sua Excelência possui contas bancárias naquele país para onde foram carreados vultosos valores obtidos de forma fraudulenta, conta e valores não declarados à Receita Federal.

Como surgiram no Brasil vários movimentos contra a corrupção, em que as pessoas, lideradas por políticos de “oposição” ao governo Federal, têm indo às ruas ao menor sinal de ilegalidade, bradando pela cassação dos corruptos, o que se esperava era que esses políticos e esses movimentos também pugnassem pela renúncia de Cunha.

Contudo, não foi isso que aconteceu, pois, muito embora o PSOL já tenha se articulado para pedir a renúncia de Cunha, nenhum dos partidos, ou do políticos ou dos movimentos que pugnam pelo impeachment de Dilma veio a público para defender a renúncia de Cunha, que aliás, até bem pouco tempo, pousava como uma espécie de símbolo desses movimentos que falam em ética na política.

Não estou aqui advogando em favor da Presidente Dilma, que faz um péssimo governo e merece a avaliação que lhe tem sido cominada, sobretudo, pela classe trabalhadora. Mas, em nenhuma das fases da operação lava-jato, apareceu qualquer prova que indique que ela própria tenha se locupletado do dinheiro sujo fruto de uma verdadeira rapinagem que se fez, ao longo desses mais de 15 ou 20 anos, na Petrobrás.

Destarte, temos, no caso, dois pesos e duas medidas, já que em paralelo ao virulento, eloquente e retumbante discurso dos partidos que preconizam o impeachment de Dilma, designadamente, PSDB, DEM, PPS, PSB, em nome da ética na política, assistimos a um silêncio pusilânime desses mesmos partidos em relação a Eduardo Cunha, contra o qual há provas de existência de contas fora do pais, embora, de forma leviana, tenha dito que não sabia da existência dessas contas.

 

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