Ator e Bailarino.
Imagem retirada das redes sociaisComo uma verdadeira praga tem se propagado por todo o Brasil uma horda de desordeiros, gente insana e sem qualquer sentido de sociedade, em apoio ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Contemporâneos que somos desses fatos políticos, ainda não sabemos explicar com precisão histórica e sociológica o que realmente aconteceu para que uma pessoa do nível de despreparo, ou a falta total de civilidade, como o Bolsonaro tenha chegado ao mais alto cargo da República, a Presidência.
O que podemos inferir de imediato, numa leitura ainda bastante primária, é que não poderia vir algo bom de alguém tão abertamente espúrio, vil e baixo como o ex-presidente que estimula tais atos.
Estamos agora todos perplexos com o fato de como algumas autoridades estão passivamente deixando essa sucessão de absurdos acontecerem impunimente e muitas vezes estes sendo anunciado através das redes sociais. Não era algo imprevisível, mas uma tragédia anunciada há muito. E a isso cabe-nos alguns questionamentos:
Quem são os grandes nomes que estão por traz desse ataque a nossa democracia?
Quem financia esses acampamentos na frente dos quartéis?
Quem deu informações privilegiadas acerca de armas alocadas nos lugares invadidos e que foram roubadas pelos golpistas?
Por que não houve ação da inteligência das forças de segurança que já sabiam da convocação para esses atos golpistas?
Quem financiou o transporte e alimentação desses criminosos?
Por que alguns membros da Polícia do DF ficou tirando selfs como se estivessem fazendo turismo?
Sobre a invasão de Brasília, o governador do Distrito Federal, Ibanez Rocha, um apoiador aberto do bolsonarismo, já tinha ciência já desde sexta-feira, 6, sobre ameaças golpistas publicadas nas redes sociais. Anderson Torres, outra autoridade da segurança pública do DF, que encontra-se em visita a Bolsonaro nos EUA, sabendo das publicações sobre esses atos que prometiam transporte, alimentação e custeio, nada fez e permaneceu inerte diante de tudo. Inclusive no momento da diplomação do Presidente Lula houve vandalismo na capital federal com depredação de carros, ataques à sede da Polícia Federal, incêndio a ônibus e imóveis. Isso apenas citando algumas ações no âmbito do pós eleições porque são inúmeros os exemplos de crimes que o Brasil vem sofrendo mais fortemente ao longo dos últimos 4 anos.
Algo que precisa ser pontuado sobre o que está acontecendo é que não se trata de um processo político! Não é democrático! Tampouco é um processo eleitoral, visto que este se processa nas urnas. E nas urnas Lula venceu. Agora é preciso que se respeite o resultado das urnas assim como foi respeitado quando da vitória de Bolsonaro. O que está acontecendo e estamos testemunhando é um ato golpista, um golpismo idiotizado, mas de consequências profundas. Golpismo que parece ser um fenômeno viciante que acomete o bolsonarismo.
A verdade é que o Brasil tem experimentado um anacronismo político na forma de uma situação de ser refém desse grupo de criminosos que invade reuniões particulares, agride e mata pessoas, destrói patrimônios, impede o direito de ir e vir e vem tentando paulatinamente minar as estruturas da nossa jovem democracia com a anuência passiva de algumas autoridades alinhadas com o ex-presidente. No dia de hoje, por exemplo, tem-se o caso de uma senhora que fora agredida por um bolsonarista e a polícia escoltou o agressor até o carro sem o levar preso.
É importante frisar o fato de que os policiais sempre são suaves com esses desordeiros e algumas imagens públicas mostram que eles mantém até uma sociabilidade com os bolsonaristas. Por outro lado, esta suavidade não é observada quando se trata de manifestações pacíficas de categorias legitimamente reivindicando seus direitos: o histórico de tratamento das instituições policiais com relação a professores, indígenas, negros, estudantes e algumas categorias em legítima reivindicação é costumeiramente acompanhado de intensa violência policial.
Sobre Brasília e o saldo nefasto desse infeliz ato golpista, registra-se grave situação de depredação do patrimônio arquitetônico, destruição de patrimônio artístico, inclusive peças icônicas como um quadro de Di Cavalcanti sendo destruído a faca, estatuário do período barroco quebrado, raras porcelanas chinesas e todo um conjunto artístico de valor único presente nos palácios invadidos.
É revoltante! É intragável e irrespirável conviver com esse grupo que não deve ser considerado um grupo político reconhecível. Agora é a hora de uma união forte em prol de defender as estruturas de nossa democracia para não perdemos a mão do bonde andando. Não cabe mais para esse caso a diplomacia, mas a ação dura sob a letra da lei.
E não há desculpas! Os culpados são todos conhecidos. São vastamente documentados por eles mesmos através das redes sociais e o primeiro nome que precisamos trazer à tona e sem medo é o de JAIR MESSIAS BOLSONARO. Este que vem costumeiramente cometendo crimes através de sua verborragia insana, e através de suas ações, utilizando-se sempre de suas prerrogativas políticas e ultimamente mais fortemente através de todo o aparato político que o cargo de presidente lhe concedeu.
Bolsonaro e todos aqueles que o acompanha nessa insana lealdade precisam ser responsabilizados para dar o exemplo de que as instituições do país estão funcionando. Com todas as letras e a plenos pulmões, para a saúde de nossa democracia: BOLSONARO PRECISA SER PRESO!
