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16/07/2016 às 16h15min - Atualizada em 16/07/2016 às 16h15min

Em caça a revoltosos, Turquia realiza prisões em massa de militares após morte de 265

Mais de 2,8 mil insurgentes foram presos; número de feridos ultrapassa 1,4 mil

O Fato com o Globo

Soldados turcos rendidos são agredidos por civis contra tentativa de golpe militar - STRINGER / REUTERS


ANCARA — Após ter enfrentado uma sangrenta tentativa de golpe militar, o governo turco caça os revoltosos envolvidos nos confrontos que deixaram 265 mortos na última madrugada. Nesta manhã, o premier Binali Yildirim anunciou a prisão em massa de 2,8 mil militares, em repressão ao que chamou de uma mancha na democracia turca. Em comunicado, os EUA se colocaram à disposição para apoiar as investigações sobre o caso.

Neste sábado, mais de 2,7 mil juízes foram destituídos dos seus cargos após a iniciativa dos militares — além de cinco dos membros do alto conselho jurídico turco. O Ministério de Interior da Turquia, Efkan Ala, ordenou a destituição de cinco generais e 29 coronéis.

O governo declarou ter controlado completamente a tentativa de golpe, após as forças de segurança terem completado uma operação em um quartel general de Istambul. Mais cedo, o ministro turco dos Assuntos Europeus, Omer Celik, afirmou que comandantes militares estavam sendo mantidos reféns pelos insurgentes.

Com o avanço do controle do governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, militares chegaram a abandonar seus tanques em rendições em massa. Na véspera, o líder pediu que os turcos saíssem às ruas para resistir à tentativa de derrubá-lo do poder — um apelo que levou milhares de civis a protestos e confrontos envolvendo a polícia e os militares.

Yildirim chamou os insurgentes de terroristas neste sábado. Ele acusou o grupo militante curdo PKK de participar da iniciativa contra o governo e defendeu que seja realizada uma "limpeza" no Exército. Chamando a tentativa de golpe de uma mancha negra na democracia turca, o premier disse que a pena de morte não seria descartada como punição aos rebeldes, embora atualmente não esteja prevista na Constituição.


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