A Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió, foi excluída da Convenção Batista Brasileira (CBB) após liberar o batismo de homossexuais. A informação foi confirmada no perfil da igreja.
Em uma carta enviada à Convenção, o presidente da Igreja Batista do Pinheiro, pastor Wellington Santos, explica que a decisão que homossexuais pudessem ser membros da igreja foi um processo longo. Foi aprovada durante uma assembleia extraordinária, realizada em fevereiro, e por maioria de votos. Desde então, o pastor e a esposa, Odja Barros, foram ameaçados.
Ainda no documento enviado, o pastor destaca que "todo processo de exclusão é doloroso e não desejamos ser excluídos da Convenção. Surpreendentemente, estamos em processo de exclusão por desejarmos ser includentes. Desse modo, estamos sentindo um pouco, na nossa própria pele, aquilo que nossos irmãos e irmãs de orientação sexual diferente sentem o tempo todo".
O pastor Wellington Santos explica que a decisão de abrir liberar o batismo de homossexuais não é uma questão somente da Igreja Batista do Pinheiro e que existem grupos batistas no Brasil e no mundo, junto com outra denominações cristãs que têm assumido a mesma posição pastoral de acolhimento e inclusão.
"Não podemos esquecer que nossas igrejas devem ser lugares de graça e bênção de Deus se preconceito ou dificuldade de tentar conferir pessoalmente o que Deus está fazendo no mundo".
Ainda segundo o pastor, a Igreja Batista do Pinheiro ainda não foi informada oficialmente. "Se a assembleia convencional decidir por uma exclusão, enfrentaremos essas dores com toda a tristeza cabível e nos comprometemos a continuar em atitude de oração e prontos a acolher qualquer irmão ou irmã, independente de sua situação econômica, política e orientação sexual".