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21/06/2016 às 18h24min - Atualizada em 21/06/2016 às 18h24min

Servidores se mobilizam para cobrar reajuste salarial do Governo do Estado

Categorias dizem que, com o acordo de moratória, estado terá recursos para aumentar vencimentos

O Fato com Gazetaweb

A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/AL) em Alagoas, Rilda Alves, cobrou do governador Renan Filho (PMDB) a aplicação do reajuste salarial dos servidores públicos estaduais após o acordo de moratória firmado nessa segunda-feira (20)  entre o governo federal e os estados. Com esse acordo, Alagoas deixará de pagar cerca de R$ 54 milhões de juros à União mensalmente, de uma dívida total estimada em R$ 10 bilhões. 

De acordo com Rilda, com esse acordo celebrado e pactuado pelo presidente em exercício, Michel Temer (PMBD), o governador Renan Filho não poderá "apontar mais uma vez que o estado de Alagoas é o que mais paga juros à União e, diante disso, o reajuste para as categorias não pode ser concedido". Nesta quarta-feira, as lideranças de classe de todas as categorias vão se reunir na sede da CUT para discutir as próximas ações em busca do reajuste. 

"Uma categoria ou outra conseguiu avançar em pautas individuas. Mas, no geral, o reajuste dos servidores está travado. Desde o mês de abril estamos tentando sentar com Renan, mas até agora não conseguimos, infelizmente. Entendemos que a situação fiscal do Brasil é difícil, mas é preciso dividir o peso dessa realidade. É inaceitável que recaia sobre o trabalhador todas essas consequências. Vamos cobrar e exigir um caminho. A desculpa de falta de recursos para tal cai por terra", expôs Rilda. 

Em entrevista , o governador Renan Filho declarou ontem que, apesar de ter conseguido uma vitória importante para o estado, o momento atual é de cautela, ''priorizando e organizando as finanças do Estado para enfrentar a crise". Na visão dele, o acordo celebrado entre Temer e os governadores não resolve tudo, ''mas foi uma boa sinalização para os gestores estaduais". 

Após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na tarde desta segunda-feira (20), em Brasília, a proposta aceita pelo governo federal dá uma carência de 24 meses, sendo que nos 6 primeiros o desconto será de 100% aos governadores. A partir de janeiro de 2017, esse desconto será reduzido gradualmente, em aproximadamente 5,5 pontos percentuais por mês, até junho de 2018. 

Nesta terça-feira, a reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para saber detalhes sobre uma possível negociação com o funcionalismo, mas até o fechamento desta matéria, a pasta ainda não havia dado retorno. 


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