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14/01/2016 às 00h00min - Atualizada em 14/01/2016 às 00h00min

Quase metade da frota do Samu está parada em Maceió, denunciam funcionários

Pelo menos cinco das 12 ambulâncias que rodam na capital estão sem circular devido à falta de manutenção

O Fato com a Gazetaweb

Ambulâncias paradas no pátio de uma das bases do Samu

Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Maceió denunciam a precariedade das condições de trabalho no local. De acordo com eles, diversas ambulâncias estão paradas por falta de manutenção, prejudicando o atendimento à população da capital.

Segundo apurou a reportagem da Gazetaweb, pelo menos cinco veículos, quase metade da frota, estariam fora de circulação devido a problemas mecânicos. Ao todo, Maceió conta com 12 ambulâncias nas duas bases, da Serraria e do Farol, sendo cinco de suporte avançado e sete de suporte básico.

No bairro do Farol, apenas uma avançada e três básicas estão em funcionamento, enquanto na Serraria operam uma avançada e duas básicas. Outros dois carros novos ainda estariam parados no pátio desde o último mês de novembro, aguardando somente o emplacamento. 

Os funcionários reclamam da falta de manutenção dos equipamentos, o que agrava o problema. "A situação é muito precária. Eles deixam a ambulância chegar a esse estado de quebrar antes de dar a manutenção adequada. Se dessem a manutenção periódica, não estaria desse jeito", disse um técnico de enfermagem, que preferiu não se identificar.

Ele destacou ainda que muitas vezes os profissionais são obrigados a parar a jornada de trabalho no meio. "Estava rodando com uma ambulância e de repente o ar-condicionado parou. Tivemos que parar o serviço, porque ficou impossível rodar. Ficaram de preparar outro carro, mas aí já fica um a menos rodando".

Também do quadro do Samu, outra técnica de enfermagem, que prefere não se identificar, diz que as equipes são obrigadas a se revezar devido à falta de veículos. "São quatro pessoas de plantão, que saem em dupla. Estão saindo dois e os outros ficam na base, aguardando que a ambulância volte para a próxima saída. O trabalho pra gente acabou reduzindo".

Eles denunciam que a situação vem se arrastando pelo menos desde dezembro do ano passado, prejudicando o atendimento à população e deixando lento um serviço que deveria ser prestado em caráter de urgência.

"Acontece muito de as pessoas ligarem e termos que informar que não tem ambulância disponível. Temos que esperar uma das que estão na rua se desocupar para poder atender e isso está errado. Trabalhamos em regime de urgência e não de espera", expôs o técnico de enfermagem. 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), emitiu uma nota explicando que há anos não existia contratação formal  para execução dos serviços de manutenção preventiva e corretiva dos veículos, o que gerava excesso de serviços, mas que a atual gestão em parceria com a Agência de Modernização da Gestão de Processos (Amgesp), consolidou e instrumentalizou um processo licitatório para reorganizar e padronizar o Sistema de manutenção das ambulâncias do Samu, após a realização de uma auditoria interna no setor.

Segundo a assessoria, o processo foi prioridade, e já está devidamente homologado pelo governador Renan Filho e publicado no Diário Oficial do Estado do dia 31 de dezembro de 2015. Assim, a ata de registro de preços será assinada ainda na próxima sexta-feira (15) pelas empresas vencedoras do processo licitatório, tornando-as aptas a realizar a manutenção preventiva e corretiva das ambulâncias do Samu.

Por fim, a nota afirma que mesmo diante das dificuldades encontradas, o Samu Alagoas prestou em 2015 um serviço com excelência, diminuindo o tempo resposta para atendimento à população. 

Segundo o órgão, somente na Central de Regulação Médica da Regional Maceió, foram atendidas 59.696 pessoas, dentre estas: 24.025 com saídas de ambulâncias, para realizar atendimentos em acidentes de trânsito, a vítimas de arma de fogo, arma branca, afogamento, entre outras ocorrências, o que mostra a plena eficiência do Samu, no seu papel de salvar vidas. 

Além disso, foi implantada mais uma Base Descentralizada no bairro da Serraria e, dentro dos próximos dias,  será inaugurada uma outra Base Descentralizada no bairro do Trapiche.

Já este ano, foram executados, até o dia 13 de janeiro, o total de 2.247 atendimentos, com a saída de ambulâncias em 658 ocorrências, salvando as vítimas de acidentes, o que comprova o pleno funcionamento do serviço.

 

 

Janela de uma das ambulâncias presa com fita adesiva

FOTO: CORTESIA

 

 

 


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