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06/01/2016 às 10h39min - Atualizada em 06/01/2016 às 10h39min

Coreia do Norte afirma ter realizado teste bem-sucedido com bomba de hidrogênio

O Fato com Estadão

(Atualizada às 9h25) PYONGYANG - A Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira, 6, que realizou com sucesso seu primeiro teste com uma bomba de hidrogênio - uma forma mais poderosa de bomba nuclear -, aumentando os desafios da política externa dos Estados Unidos e destacando os limites da capacidade da China de manter seu instável aliado sob controle. Imediatamente após a divulgação da notícia por Pyongyang, Japão e Estados Unidos solicitaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que deve acontecer ainda nesta quarta.

 

 

 

A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10h desta quarta-feira pelo horário local (23h30 de terça-feira, no horário de Brasília). O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) havia divulgado que um terremoto de magnitude 5,1 ocorreu por volta desse horário nas proximidades do local da suposta realização do teste nuclear, no nordeste da Coreia do Norte.

 

 

Sul-coreanos assistem a jornais televisivos em Seul, na Coreia do Sul, noticiando tremores de terra em área próxima a base de testes nucleares no país vizinho, a Coreia do Norte. (AP Photo/Lee Jin-man)

Sul-coreanos assistem a jornais televisivos em Seul, na Coreia do Sul, noticiando tremores de terra em área próxima a base de testes nucleares no país vizinho, a Coreia do Norte. (AP Photo/Lee Jin-man)

Sul-coreanos assistem a jornais televisivos em Seul, na Coreia do Sul, noticiando tremores de terra em área próxima a base de testes nucleares no país vizinho, a Coreia do Norte. (AP Photo/Lee Jin-man)

 

 

Especialistas dizem que ainda é incerto se os norte-coreanos desenvolveram a capacidade de construir uma bomba de hidrogênio. A magnitude do tremor desta quarta-feira foi a mesma da explosão de um teste com uma bomba atômica realizado em 2013 pelo país comunista.

 

Autoridades nos EUA dizem que estão trabalhando para confirmar a alegação da Coreia do Norte. No passado, Washington questionou anúncios de avanços tecnológicos feitos pelos norte-coreanos. Por outro lado, o Pentágono afirmou em 2015 ter descoberto que Pyongyang está perto ou já é capaz de miniaturizar ogivas nucleares que podem ser acopladas a mísseis e lançadas em qualquer parte do mundo.

 

A Coreia do Norte já realizou três detonações de bombas atômicas, a última delas em 2013. Bombas de hidrogênio são mais poderosas e utilizam fusão nuclear para disparar uma reação em cadeira fora de controle.

 

"A força dessa explosão não parece ser grande o suficiente para se tratar de uma clássica bomba de hidrogênio", afirmou Jeffrey Lewis, diretor do Programa de Não Proliferação do Sudeste Asiático do Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação.

 

Após a suposta realização do teste desta quarta, em comunicado divulgado pela mídia estatal, a Coreia do Norte declarou que seus cientistas haviam medido "o poder de uma pequena bomba H".

 

A Coreia do Sul classificou o teste como uma violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), que proíbem o desenvolvimento de armas nucleares pela Coreia do Norte. Segundo o vice-chefe do escritório presidencial de segurança nacional da Coreia do Seul, Cho Tae-yong, Seul "condena veementemente o quarto teste nuclear" realizado por Pyongyang e deverá trabalhar com os EUA e outras nações para estudar as medidas apropriadas, que podem incluir novas sanções da ONU contra a Coreia do Norte.

 

Em declarações recolhidas pela agência "Kyodo", o ministro das Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, afirmou ter solicitado a funcionários do Ministério das Relações Exteriores japonês "que peçam que o Conselho de Segurança da ONU convoque uma reunião de urgência".

 

No caso da China, esse último teste irá dificultar as relações com Pyongyang e a pressão internacional irá crescer para que Pequim participe mais de esforços para controlar a situação, de acordo com um especialista da Universidade de Fudan, em Xangai. / AP e EFE


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