CortesiaO presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Maceió, vereador João Catunda, ouviu as demandas da sociedade civil, trabalhadores da educação e Prefeitura de Maceió, em audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (04), que debateu sobre o retorno seguro às aulas dos estudantes da rede municipal de ensino. O não pagamento do piso salarial, falta de estrutura em algumas unidades escolares e a falta de diálogo com a classe estão entre as queixas apresentadas.
Eu seu discurso de abertura, João Catunda, destacou, enquanto presidente da Comissão de Educação da CMM, o seu compromisso com a educação municipal e evitar que distrações tirem o foco dos reais problemas enfrentados diariamente nas escolas da capital.
“Não podemos voltar às salas de aula esquecendo os problemas e nos distraindo com ilusionismo e diversões criadas com este mesmo propósito. A estratégia de distrair o povo dos problemas reais não é nova. No Império Romano, existia a política do pão e circo. A tática não foi esquecida. Hoje, temos a atualização da política de pão e circo. Temos a política do Cadeirão e Instagram. A Prefeitura desvia o olhar da população para os espaços instagramáveis. Mas enquanto postamos nossa foto na cadeira gigante, os profissionais da Educação não receberam o rateio aprovado em projeto de lei de minha autoria. Enquanto nós vemos as curtidas nas fotos do balanço, o prefeito enrola e não paga o piso salarial. Enquanto nós postamos nossa foto na igrejinha, várias escolas municipais estão sem a estrutura necessária para funcionar. Como presidente da Comissão, eu tenho entre os meus deveres, devolver a atenção de todos nós para o que realmente precisa ser construído”, disse.
Entre os representantes de entidades que tiveram a oportunidade de apresentarem suas demandas, a secretária da Associação dos Profissionais da Educação do Estado de Alagoas (APEEA), Fátima Romar, destacou que foram realizadas visitas nas unidades escolares de Maceió, que problemas estruturais foram apontados, mas que nada foi feito pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).
“Fizemos visitas em algumas unidades escolares, juntamente com outras entidades, e encontramos alguns problemas estruturais, que foram repassados para a Secretaria e nada foi feito até então. O dinheiro encontrado por João Catunda no Fundo da Educação é prova que a Prefeitura não tem feito o seu papel enquanto na manutenção das escolas e creches municipais. Existem escolas que estão muito bem equipadas, mas existem outras que apenas pintaram a fachada, como foi um caso de uma creche que visitamos essa semana, onde apenas a entrada foi pintada e, assim que entramos no local vimos que toda a parte elétrica estava caída, acabada, oferecendo risco à todos”, destacou.
Participaram da audiência, vereadores e vereadoras, representantes de entidades ligadas aos trabalhadores da educação, Prefeitura de Maceió e sociedade civil.
Ao término da audiência, João Catunda sugeriu a criação de um Pacto pela Educação.
“Diante disso, quero chamá-los para um Pacto pela Educação de Maceió. Em que quem realmente coloca as mãos na massa possa oferecer suas ideias e suas críticas, porque tratamos aqui de gestão pública. Vamos fazer uma Educação de Maceió que mude a vida dos maceioenses por gerações”, concluiu.
