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10/10/2021 às 11h00min - Atualizada em 10/10/2021 às 11h00min

Vizinhos de bairros que afundam em Maceió sofrem sem indenização e em limbo jurídico

Empresas não querem cobrir seguros residenciais de áreas que estão no raio de 1km do perímetro considerado de risco por autoridades

Metrópole

Cerca de 40 mil pessoas que vivem nos arredores das áreas de risco de afundamento em Maceió (AL), após o desastre geológico da Braskem, sofrem com medidas tomadas por companhias seguradoras credenciadas à Caixa Econômica Federal (CEF). Sem apresentar estudo técnico, elas estão se recusando a contratar o seguro residencial para imóveis que estão no raio de 1 km das margens dos locais que oficialmente correm perigo – e isso torna praticamente impossível vender os imóveis, porque seguros são exigidos para financiamento.

Na prática, portanto, os moradores não receberam indenizações, por não estarem na área definida como diretamente atingida, e agora também vivem uma espécie de limbo jurídico, pois são afetados, mas não têm proteção legal.

A mineração de sal-gema pela empresa Braskem, por quatro décadas, causou instabilidade em terrenos da capital alagoana. O Serviço Geológico do Brasil atestou que a atividade abriu cavernas em camadas profundas, o que desestabilizou o solo, causando tremores de terra, afundamento do solo e rachaduras em imóveis. Por causa disso, foi elaborado o “Mapa de Setorização de Danos”, que define as regiões afetadas e as linhas prioritárias de ação.

As seguradoras, no entanto, ampliaram internamente o mapa de risco já definido pelo Serviço Geológico do Brasil, em conjunto com a Defesa Civil do Município de Maceió e a Defesa Civil Nacional, entendendo que o perímetro além dos locais de risco pode sofrer consequências das ações da mineradora. E, assim, decidiram não cobrir esses imóveis.


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