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17/04/2020 às 18h37min - Atualizada em 17/04/2020 às 18h37min

Sem-terra doam 12 toneladas de alimentos em Maceió e Santana do Ipanema

Doze toneladas de alimentos doadas a famílias carentes dos bairros da Levada e Vila Brejal, em Maceió, e do município de Santana do Ipanema,

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Assessoria

Doze toneladas de alimentos doadas a famílias carentes dos bairros da Levada e Vila Brejal, em Maceió, e do município de Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas. Esta ação marca o 17 de abril, Dia Internacional de Luta Camponesa, quando se completa 24 anos do massacre de Eldorado dos Carajás.

A ação mobilizou trabalhadores e trabalhadoras do campo organizados nos acampamentos e assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Alagoas. Os alimentos doados vieram das áreas de reforma agrária. As ações de solidariedade acontecem em todo o Brasil.
As doações em Maceió e em Santana do Ipanema são realizadas pelas mãos dos próprios trabalhadores e trabalhadoras sem-terra, seguindo as orientações de cuidado e prevenção à Covid-19.

“Em Maceió, vamos dialogar diretamente com parcela da população que tem sofrido com os desdobramentos da crise que estamos vivendo em nossa sociedade que foram agravados pela pandemia do Coronavírus”, explicou Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.

De acordo com Débora, as doações atendem a mais de 400 famílias na periferia de Maceió. “Queremos prestar solidariedade às famílias que nesse momento enfrentam uma série de dificuldades na cidade, mas também apontar para o conjunto da sociedade a importância da Reforma Agrária na produção de alimentos para abastecer o campo e a cidade com alimentação saudável. Essa é a nossa tarefa nesse momento”, destacou Nunes.

Alimentos foram produzidos em áreas de reforma agrária.

Já em Santana do Ipanema, no Sertão Alagoano, as doações serão direcionadas as famílias atingidas pela enchente que sofreu a região nas últimas semanas. Desde o início da tragédia com as chuvas na cidade sertaneja, já são centenas de famílias que perderam suas casas no município.

José Neto, da direção nacional do MST em Alagoas, reforçou o papel da ação de solidariedade no Sertão do estado. “É fundamental termos nesse momento a certeza de que precisamos partilhar o alimento, mas também partilhar sonhos. São diversas famílias sem a assistência devida do Estado, seja frente à tragédia em Santana do Ipanema ou os agravamentos da pandemia do Coronavírus. Nossa ação não é para substituir o papel do Estado, mas poder mostrar que a solidariedade e o zelo pela vida do povo brasileiro devem ser nossos princípios nesse período”.

24 anos do Massacre

Conhecido internacionalmente, o Massacre de Eldorado dos Carajás marca o Dia Internacional de Luta Camponesa, no dia 17 de abril, onde em todo mundo ocorrem lutas em defesa da Reforma Agrária. Durante o Massacre, 21 militantes do MST foram assassinados pela Brigada Militar no estado do Pará há 24 anos e, até hoje, o caso é lembrado pelos sem-terra durante as Jornadas de Luta no mês de abril.

O coronel Mario Colares Pantoja e o major José Maria Pereira, que comandaram o massacre, foram presos apenas 16 anos após o massacre, em maio de 2012. Os 155 policiais militares executores diretos do massacre foram absolvidos. O então governador do estado do Pará, Almir Gabriel (que morreu em fevereiro de 2013) e o secretário de Segurança Pública, Paulo Sette Câmara.

 


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