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21/08/2019 às 18h36min - Atualizada em 21/08/2019 às 18h36min

Após estimular destruição da Amazônia, Bolsonaro ataca governadores da região Norte

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Não satisfeito em culpar, sem provas, ONGs ambientalistas pelo crescimento no desmatamento na Amazônia, com o intuito de prejudicar a imagem de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro agora diz que governadores da Região Norte são "coniventes" e não resolvem a situação.

"Olha só, tem governador, não quero citar nome, que está conivente com o que está acontecendo e bota a culpa no governo federal. Tem estados aí, que não quero citar, na região Norte, que o governador não está movendo uma palha para ajudar a combater incêndio. Está gostando disso daí", afirmou Bolsonaro nesta quarta-feira 21.

"Pergunte a cada governador, se não me engano são sete governadores da região Norte, Nordeste nove, pergunte para a assessoria de imprensa deles o que está acontecendo, o que os governos estaduais já fizeram. Tem governo estadual que não fez nada, e pode fazer", declarou ainda Bolsonaro, o principal incentivador dos desmatamentos.

A destruição de Bolsonaro na região produziu uma imagem dramática que será o símbolo da luta pela Amazônia – e pode fazer o Brasil perdê-la. A cena em que um tamanduá mirim tenta fugir de uma queimada na Amazônia foi registrada pelas lentes do fotógrafo Araquém Alcântara e tem tudo para se tornar o símbolo de uma luta internacional pela preservação da Amazônia, assim como as imagens de ursos sobre calotas de gelo que derretem passaram a simbolizar os efeitos do aquecimento global.

O número de focos de queimadas cresceu 70% este ano (até o dia 18 de agosto) na comparação com o mesmo período de 2018. Ao todo, o Brasil registrou 66,9 mil pontos, segundo a medição do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo os dados do Inpe, o bioma mais afetado é o da Amazônia, com 51,9% dos casos. O cerrado vem em seguida com 30,7% dos focos registrados no ano.

A área desmatada da Amazônia em julho atingiu uma área total de 2.254 km². Isso equivale a mais de um terço de todo o volume desmatado nos últimos 12 meses, entre agosto de 2018 e julho de 2019, período em que o volume total do desmatamento chegou a 6.833 km², e um volume 278% maior que o verificado em julho de 2018, quando foram registrados 596,6 km² de desmatamento.

Os dados são do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), ferramenta do Inpe que fiscaliza ações de desmatamento. O volume de 6.833 km² verificado entre agosto de 2018 a julho de 2019 supera em 33% o desmatamento medido nos 12 meses anteriores.


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