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02/08/2019 às 17h38min - Atualizada em 02/08/2019 às 17h38min

Lava Jato agoniza enquanto verdade de Lula fica cada vez mais forte

O Fato com Agência
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Por Gustavo Conde, para o Jornalistas Pela Democracia - Deltan vai saindo de cena escorraçado, verme pútrido que é.

Lentamente, o castigo vai se debruçando a todos agentes corruptos do Ministério Público, essa instituição-vergonha que ainda não emitiu uma nota de desculpas ao povo brasileiro.

O Brasil conseguiu a proeza de produzir o caso mais escandaloso de combate à corrupção. Tentou extirpar a corrupção com... Corrupção.

Óbvio que não iria dar certo (e a besta parida foi Bolsonaro, só o pior ser humano que a história teve a ânsia de vômito de produzir).

Convenhamos: o discurso de 'combate à corrupção' é um dos discursos mais corruptos no campo da linguagem humana. É o mecanismo preventivo de defesa que a falta extrema de caráter produz nos homens: finge-se combater a sua própria existência para imobilizar o seu adversário que joga nas regras do jogo.

Em outras palavras: o sistema protege a si mesmo fingindo que combate o mal que lhe é estrutural e, com isso, apropria-se da exclusividade de polícia.

Uma engrenagem que devasta qualquer sociedade e a impregna de ódio, insanidade e descrédito absoluto em si mesma.

Uma bomba de fragmentação que fragmenta os sentidos e afugenta a esperança ou a possibilidade de futuro, um mergulho no passado opressor, um devaneio grotesco de maus perdedores e péssimos - e fraudulentos - vencedores.

Nem tudo, no entanto, é horror. A necessidade de tal estratégia criminosa - a Lava Jato - apenas confirma a força da verdade e da civilização que pressupõe as demandas reais da linguagem e da sociedade.

Não é à toa que eles sabem do retorno da civilização - e o temem e o querem retardar a todo custo.

A linguagem possibilita o logro e a mentira, mas ela é essencialmente uma estrutura de sentidos sem acionistas ou proprietários legalmente constituídos - ainda que se tente enquadrá-la nesses termos à fórceps (e a Lava Jato é a maior expressão dessa tentativa, pois a operação quis se apropriar de todos os sentidos compartilhados na sociedade brasileira, totalitária e antidemocrática que é).

As contradições, mal-feitos, induções, prevaricações promovidas por essa playboyzada infame do direito concurseiro estão sendo expostas às vísceras não apenas pela reportagem do The Intercept, mas pelo que a linguagem humana possibilita na sua pletora de sentidos e possibilidades.

Não há como domesticar uma língua, por mais que se tente.

Dessas constatações é que surge a felicidade e o gozo em se entender e se acreditar um linguista - e enxergar a poesia e a verdade existente no ofício de amar a linguagem e respeitá-la.

É na língua e nas suas possibilidades que está o nosso retorno à civilização. A língua é a nossa maior tecnologia, um infinito à frente das plataformas digitais ou das técnicas de comunicação de guerra.

A língua é dor e delícia, mas para quem a vê como delícia, não há como escapar da sua esperança onipresente, insuportável para quem a nega e para quem a estigmatiza.

Quando sairmos desse pesadelo, que tenhamos a delicadeza e a humildade de a agradecer à maior instituição de todas - a língua -, aquela que levou um imenso susto ao se ver corrompida por sujeitos interrompidos, cozidos nas próprias frustrações existenciais e cognitivas, humilhados pelo esplendor de inteligência e humanidade concentrados em um único metalúrgico que viveu uma vida inteira para nos ensinar a todos o que é democracia - e que vai viver outra para reforçar a lição.

O ódio a Lula é o ódio à linguagem e à humanidade. É por isso também que o antipetismo é sinônimo de fascismo - o que já está dado e reiterado pela história e pelos fatos do dia, todos os tristes dias recentes.

Nesse sentido, Lula é linguagem e linguagem é Lula.

Eu disse, tempos atrás, que a história é 'aliada' de Lula, porque Lula sabe interpretá-la e travar diálogos com ela de igual para igual.

Lula tem o tempo histórico em sua mente e em seu coração.

Mas ele tem mais do que isso - para terror de seus inimigos, tão rasos quanto sujos: Lula tem a linguagem do seu lado.

É por isso que ele sempre teve a absoluta certeza de que a conspiração em torno de sua imagem cairia por terra cedo ou tarde. É por isso que ele insistiu em intitular o livro que versa sobre sua força política de "A Verdade Vencerá", indo na contramão de todos que ali editaram o volume, amedrontados com o preconceito elitista à palavra "verdade".

Lula é isso. Ele não apenas restituiu, com sua paciência e sua teimosia, o valor de verdade às narrativas forçadas que vinham sendo costuradas por gente que não merece ser chamada de gente, como também estabeleceu a força de uma palavra e de um conceito: a palavra 'verdade' volta a ter um sentido poderoso por ação de um sujeito, um sujeito que dedica a sua vida à produção de uma realidade mais generosa para todos os seus iguais e até para os 'diferentes' - pois este sujeito governou para todos quando pôde governar.

A língua retorna ainda lentamente em parceria com a história para, juntas, celebrarem a vida de um de seus maiores rebentos: a criança retirante que se recobriu de generosidade para mergulhar em uma odisseia de amor por seu povo e ainda aceitou uma prisão política tardia, arquitetada sob o signo da vingança, para justamente recobrar os sentidos de seu legado e da história e servir de exemplo mais uma vez a todos que acompanham e admiram uma vida dedicada ao outro, à felicidade, à solidariedade e à paz.

A Lava Jato e seus próceres do terror político vão agonizando em praça pública enquanto Lula e sua verdade histórica renascem mais forte que o próprio legado de amor e democracia deixado por eles, Lula e verdade, a verdade da língua e dos sentidos, irrefreável, inquebrantável.

A verdade vencerá e o amor vencerá. Abaixo os céticos e os confusos! Viva Lula, viva a democracia, viva o amor!

Que não se tenha medo de se dizer o que está entalado em nossas gargantas.


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