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19/12/2018 às 19h15min - Atualizada em 19/12/2018 às 19h15min

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro não comparece a depoimento no Ministério Público do Rio

Fabrício Queiroz era esperado às 14h, mas alegou 'inesperada crise de saúde' para justificar ausência

O Fato com O Globo
O Globo

RIO - O policial militar Fabrício Queiroz , ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não compareceu aodepoimento marcado no Ministério Público do Rio (MP-RJ). Tratado como investigado, ele era esperado às 14h pelo Grupo de Atribuição Originária Criminal (Gaocrim) da Procuradoria-Geral de Justiça sobre as movimentações financeiras atípicas identicadas em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O depoimento foi adiado para a próxima sexta-feira, dia 21, às 14h.
- Ele não veio - limitou-se a dizer, sem responder a nenhuma outra pergunta.. 

 



Em nota, o MP-RJ confirmou o adiamento do depoimento de Queiroz. Segundo o órgão, "os advogados de defesa de Fabrício comunicaram, no início da tarde desta quinta-feira, que não tiveram tempo hábil para analisar os autos da investigação e relataram que seu cliente teve “inesperada crise de saúde” e estaria em atendimento para  a realização de exames médicos de urgência, acompanhado de sua família.  Em razão disso, o advogado solicitou o adiamento das oitivas e requereu cópia dos autos da investigação". 

De acordo com relatório do Coaf anexado às investigações Furna da Onça, Fabrício Queiroz teve  movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro e 2017. As transações não configuram ilícitos por si só. A expectativa é que o ex-assessor explique ao MP a movimentação apontada pelo Coaf.

Repasses de oito funcionários

O relatório do Coaf identificou repasses de oito funcionários e ex-funcionários de Flávio Bolsonaro para Queiroz no período analisado. O maior valor veio de Nathalia Melo de Queiroz, filha do PM e ex-funcionária dos gabinetes de Flávio e Jair Bolsonaro. Ela transferiu mais de R$ 84 mil. A mulher do ex-assessor, Marcia  Oliveira  de Aguiar, que também foi lotada na equipe de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), repassou R$ 18,8 mil.

Além das duas, Queiroz indicou a filha Evelyn Melo de Queiroz, a enteada Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, e o ex-marido da atual mulher, Márcio da Silva Gerbatim, para trabalhar no gabinete.

O Coaf identificou ainda a ocorrência de depósitos fracionados em dinheiro vivo na conta do ex-assessor. Boa parte dos valores foram repassados a ele no mesmo dia ou em datas próximas ao pagamento dos servidores da Alerj. Também houve depósitos de valores idênticos em meses seguidos.


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