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11/09/2018 às 01h47min - Atualizada em 11/09/2018 às 01h47min

Sindicatos se reúnem para cobrar investimento de candidatos

O Fato com A Notícia

Quatro sindicatos que compõem a Frente Estadual pela Segurança Pública (Fesp) vão cobrar dos candidatos ao Governo de Alagoas propostas de melhorias para o setor. Estão à frente desta ação o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) e o Sindicato dos Servidores do Detran de Alagoas (Sinsdal). Entre os problemas apontados está a falta de efetivo e de orçamento.

“O candidato às vezes não sabe como funciona a pasta, e nós enquanto servidores conhecemos a fundo as necessidades desta área”, destacou o candidato a deputado estadual Roberto Martins (PT). Ele lembrou que a Segurança Pública precisa de investimentos também na valorização dos profissionais, como a realização de concurso público e a aprovação do plano de cargos e carreiras.

“Outro ponto é a efetivação da Lei Federal que autoriza o porte de arma de fogo para as Guardas Municipais. Isso com o devido treinamento, monitoramento da Polícia Civil em parceria com a Polícia Federal e a implantação das Corregedorias municipais”, frisou.

Martins ainda ressaltou a criação de salas de monitoramento nas cidades que estariam ligadas à central da Secretaria de Segurança Pública (SSP). “Temos também a proposta da criação do Conselho Municipal de Segurança, pois está comprovado que onde o Estado debate com a população sobre o tema, os índices de criminalidade diminuem”. A interiorização do Instituto Médico Legal (IML) e da Perícia Oficial também foram destaques. “Só temos dois IMLs em Alagoas e uma perícia, apenas na capital”.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário , revelou que o objetivo da Frente é saber as propostas dos candidatos (governador, senador e deputados estadual e federal) para a segurança pública. Ele destacou que os policiais, que estão na ponta da segurança pública, sabem o que realmente necessitam. “A Lei Orçamentária Anual está na Assembleia Legislativa, e não sabemos o que foi disponibilizado à segurança pública”, questiona.

Ricardo Nazário também disse que a Frente irá cobrar e fiscalizar as ações do Estado, os recursos financeiros e sua aplicação na segurança pública. “Queremos ouvir os candidatos e melhorar as propostas para a segurança pública”.

O vice-presidente do Sindapen, Petrônio Lima, destacou que a Frente é apartidária e irá ouvir as propostas da segurança pública dos candidatos. A finalidade é orientar os candidatos sobre as propostas que realmente interessam aos profissionais de segurança pública.

De acordo com ele, a criação da Frente é inédita e é uma ferramenta que visa a fortalecer os profissionais de segurança pública e a população que necessita dos serviços. “Vamos promover o diálogo para que possamos evitar falhas de políticas na segurança pública. Isso também é um trabalho preventivo”, adianta, acrescentando que o momento é de construção, saber o que eles propõem para cada mandato. “Nossos anseios são os mesmos da sociedade”, avaliou.

A dirigente do Sinpoal, Ana Márcia Nunes, também defendeu que a Frente precisa ter acesso às propostas dos candidatos. A sindicalista denunciou que o prédio do Instituto Médico Legal (IML) parece um local de primeiro mundo, mas não tem efetivo. “Só há 40 peritos médicos legistas, quando é necessário mais de 80. O órgão necessita de mais especialidades, de pessoal, de reestruturação e de interiorização. Ressaltando o sofrimento das famílias quando ver um parente morto no chão e passando várias horas para ter a perícia. “Isso fere a dignidade dos familiares”, disse.

O presidente do Sinsdal, Clayberson Ferraz, alertou que quando uma categoria deflagrar greve é porque ela chegou ao limite. “Precisamos saber quais as propostas para que a gente possa auxiliar”. Ferraz também informou que as categorias da segurança pública possuem pautas específicas e pautas comuns, citando a questão de realização de concurso público para todos. “Um terço da categoria do Detran é terceirizada. Isso é o desmonte da segurança pública”, denuncia.


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