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15/08/2018 às 11h33min - Atualizada em 15/08/2018 às 11h33min

Bolsonaro nega que defesa de liberdade de 'escolha afetiva' seja aceno a gays

O Fato com Folha
SÃO PAULO e BRASÍLIA

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) nega que os trechos de seu programa de governo que defendem a liberdade para "escolhas afetivas" sejam uma tentativa de cativar eleitores da comunidade LGBT. 

O candidato, que há anos enfatiza seu combate ao que chama de "kit gay" nas escolas, não vê as passagens como uma abertura a grupos com os quais têm travado uma relação tensa.

"Não [é aceno à comunidade LGBT]. Você vai no parágrafo 2º do artigo 226 da Constituição: para efeito de proteção do estado é considerada família a união entre um homem e uma mulher. Se alguém quiser achar que dois homens ou duas mulheres são uma família, que proponha a mudança da Constituição", disse. O trecho ao qual se refere o parlamentar, na verdade, está no parágrafo 3º do artigo citado.

O programa de governo, lançado nesta terça-feira (14), defende a liberdade para as pessoas se relacionarem com quem quiserem e formarem famílias com quaisquer configurações, sem interferências externas. 

"Liberdade para as pessoas, individualmente, poderem fazer suas escolhas afetivas, políticas, econômicas ou espirituais", diz trecho.

"Os frutos de nossas escolhas afetivas têm nome: família! Seja ela como for, é sagrada e o Estado não deve interferir em nossas vidas", afirma outro trecho do programa.

A aparente contradição entre candidato e programa surpreende pelas maneiras que Bolsonaro encontrou para confrontar os grupos LGBT nos últimos anos.

Em novembro de 2017, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou a condenação de Bolsonaro por dano moral coletivo, com pagamento de multa de R$ 150 mil, por ter dito em programa de TV que nunca havia passado na cabeça ter um filho gay, porque seus filhos tiveram "boa educação", com pai presente.

O presidenciável também já declarou que ter um casal gay como vizinho desvaloriza a sua casa. "Se eles andarem de mãos dadas, derem beijinho, vai desvalorizar."

Desde 2011 Bolsonaro chama de "kit gay" a distribuição de material sobre diversidade sexual nas escolas.Pesquisa


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