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30/06/2018 às 19h50min - Atualizada em 30/06/2018 às 19h50min

Dilma vai disputar o Senado em Minas e tira MDB de aliança com Pimentel

Participação da ex-presidente deve nacionalizar debate no estado

O Fato com O Globo

RIO — A pré-candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado por Minas Gerais, confirmada na noite de anteontem, dificultou a reedição da aliança com o MDB no estado e deve nacionalizar o debate eleitoral. O principal adversário do PT na tentativa de reeleger o governador Fernando Pimentel será o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi relator do processo de impeachment de Dilma e deu parecer favorável.

Presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes (MDB) trabalhava para ser candidato ao Senado na chapa de Pimentel. Ele é filho do deputado federal Mauro Lopes (MDB-MG), que, mesmo tendo sido ministro de Dilma, votou a favor do impeachment. O PT negocia a outra vaga para o Senado com o empresário Josué Gomes, filho do ex-presidente José Alencar.

 

— A candidatura da Dilma vem sepultar qualquer possibilidade de o MDB compor com o PT — disse o vice-governador Antônio Andrade (MDB), que é rompido com Pimentel.


Independentemente de Dilma, a aliança com o MDB já era difícil, porque Andrade tem a maioria do diretório e é contra o acordo. Mas o lançamento da pré-candidatura da ex-presidente acirrou os ânimos com os antigos aliados.

— A Dilma fez o lançamento da pré-candidatura e veio dizer que a pauta do PT este ano é o combate aos golpistas. A gente quer entender o que é isso — disse o deputado Newton Cardoso Jr. (MDB-MG), que votou a favor do impeachment.

A intenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo petistas, ao bater o martelo sobre a transferência do domicílio eleitoral de Dilma do Rio Grande do Sul para Minas, foi fazer um “terceiro turno” contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com quem ela disputou a eleição de 2014. Inicialmente, Aécio tentaria a reeleição para o Senado, mas, depois de virar réu por corrupção passiva e obstrução da Justiça, avalia concorrer para a Câmara. Ele é acusado de receber propina de R$ 2 milhões da JBS e também de tentar atrapalhar as investigações da Lava-Jato.

— Aqui nós vamos defrontar os dois projetos para o Brasil. Um defende o desenvolvimento e o combate à desigualdade — afirmou Dilma, em entrevista após o lançamento de sua pré-candidatura, aproveitando para ressaltar que nasceu em Minas e fugiu de lá para não ser presa na ditadura.


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