O Fato Publicidade 1200x90
28/02/2018 às 18h00min - Atualizada em 28/02/2018 às 18h00min

Câmara Municipal de Maceió recebe prestação de contas da Saúde de Maceió do SUS

A iniciativa é determinada por lei federal

Niviane Rodrigues/Dicom

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde fizeram, nesta quarta-feira (28), durante audiência pública no Plenário da Câmara Municipal de Maceió, a prestação de contas dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) relativos ao segundo e terceiro quadrimestres de 2017. A iniciativa é determinada por lei federal, que estabelece os critérios para o rateio e investimentos na área pelo setor público.

A sessão foi comandada pelo vice-presidente da Comissão Permanente de Higiene, Saúde Pública e Bem-Estar Social, vereador Ronaldo Luz (MDB) e contou com a participação dos vereadores Fátima Santiago (PP) e Francisco Sales (PPL), além de gestores ligados à saúde e dirigentes de entidades representativas da sociedade e sindicais.

Os números foram apresentados pela diretora de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Moura, que fez uma ampla explanação sobre a situação da rede, os avanços obtidos e o que ainda precisa ser melhorado. Ela informou que na rede de urgência, por exemplo, “foram cumpridas 71% das metas estabelecidas no quadrimestre, um avanço significativo, graças ao esforço da área”, afirmou.

Disse ainda que foram atendidas pelas Unidades de Pronto Atendimento (Upas), no mesmo período, 103.141 pessoas, ultrapassando a média. Ressaltou o papel dos agentes de saúde neste trabalho e informou sobre a reativação do Comitê de Mortalidade Materno-infantil, destacando que a elaboração do Plano Municipal de Saúde 2018/2021 se deu com a participação da população nos oito distritos sanitários. “A Rede de Atenção à Saúde (RAS) é nosso grande desafio”, declarou a gestora.

Hugo Alexandre Vasconcelos, representante do Conselho Municipal de Saúde (CMS) falou sobre a importância da audiência. “Este é um momento importante para que a população tenha acesso à informação e conheça o SUS”, disse e fez ponderações, entre elas sobre a contratualização de serviços especializados, das consultas. “A maior procura pelos serviços de atenção básica ainda é representada pelas mulheres. Infelizmente, os homens são negligenciadores com a própria saúde. Costumam dizer que não vão ao médico porque estão trabalhando. É preciso então se pensar em horários diferenciados para atender a esse público. Se a atenção básica não atender 85% da população cronifica, aumentam os gastos. Então esse atendimento podia ser feito em dias de sábado. É uma forma de otimizar os recursos, trazendo o SUS para o cidadão”, sugeriu.

A vereadora Fátima Santiago destacou perceber que “há uma vontade de fazer saúde nas três esferas: físico, mental e social. No meu dia a dia, tenho verificado que tem melhorado. Não se pode esperar que se consiga algo assim tão rápido, mas eu diria que 70%, 75% das metas foram atendidas, pelo que acompanho nos postos de saúde”, ela afirmou, ao dizer, porém, que é preciso assegurar que exames necessários à saúde da mulher possam ser feitos. E citou como exemplo uma punção mamária. “Do contrário, vamos continuar ano após ano fazendo o Outubro Rosa, palestras em todo o Estado, mas se mulheres não conseguem fazer um simples exame, de nada adianta”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais da Saúde (Sindsaúde), Alessandro Fernandes cobrou também informações sobre o funcionamento das unidades de saúde Sérgio Quintella, no bairro de Santa Lúcia, e a do Novo Mundo.

PSF- O vereador Ronaldo Luz encerrou a audiência falando da diferença entre medicina curativa e preventiva. “No caso da preventiva, quem tem esse papel são os PSFs (Programas de Saúde da Família), mas sabemos que a cobertura ainda é muito baixa. O PSF só atende a 27% da população que necessita. O programa foi criado justamente para fazer a medicina preventiva”, disse o vereador, ao ressaltar que “na atenção básica não pode faltar o tripé promoção, prevenção e diagnóstico. Os dois primeiros sempre têm mais facilidade de ser executados. As dificuldades, porém, são grandes no diagnóstico. Nós médicos que fazemos a clínica diária sabemos que isso precisa ser mudado. É preciso acompanhar bem os recursos da atenção básica, para onde estão indo e como estão sendo utilizados. Essa é uma medida muito importante”, disse.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp