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07/02/2018 às 15h36min - Atualizada em 07/02/2018 às 15h36min

Câmara quer que prefeito vete reajuste de 8,5% na tarifa de ônibus

O Fato com Gazetaweb

pós o Conselho Municipal de Trânsito de Maceió (CMT) aprovar o reajuste de R$ 3,80 na tarifa do transporte coletivo do município, a Câmara de Vereadores disse ser contra o percentual de 8,5%, defendendo que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) vete o aumento. O Poder Legislativo Municipal quer que o tema seja amplamente debatido Casa de Mário Guimarães, de modo que os vereadores também possam dar voz à sociedade civil organizada, prefeitura e empresas do setor.

Com nove votos a favor e dois contra, o valor da tarifa pode passar dos atuais R$ 3,50 para R$ 3,80. Para que o reajuste entre em vigor, o prefeito Rui Palmeira precisa sancionar a proposta, o que ainda não tem data para acontecer. De acordo com o presidente do Câmara, Kelmann Vieira (PSDB), o possível reajuste de tarifa do sistema de transporte público da capital será um dos temas a ser debatido, neste primeiro semestre, pela Casa Legislativa. 

"Esta é uma situação que precisa ser amplamente discutida. Ela não pode ficar limitada apenas ao Conselho, e o Poder Legislativo é, sim, o colegiado ideal para isso, já que podemos realizar audiência pública e convocar a sociedade para um amplo debate, antes da aprovação de qualquer aumento", explicou.

Com assento no Conselho Municipal de Transporte, o vereador José Márcio Filho explicou os motivos que o levaram a votar de forma contaria à proposta. "É preciso entender que, mesmo sem o reajuste de 8,5%, o atual valor da tarifa já está acima da capacidade do que a maioria dos usuários do sistema pode pagar. Além disso, analisando as planilhas apresentadas pelas empresas, detectamos que o percentual para um reajuste poderia ser abaixo do que foi proposto e do que foi aprovado na reunião do conselho, sem inviabilizar economicamente as empresas", declarou José Márcio Filho.

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros de Maceió (Sinturb) já havia divulgado que o aumento deveria corresponder a 15%, de modo que a passagem passaria a custar R$ 4,02. Para Kelmann Vieira, o avanço nos serviços prestados é notório, "sobretudo após o processo de licitação". Porém, segundo ele, "ainda há muito em que avançar". 

"Não há como não reconhecer que a licitação feita pelo Executivo trouxe melhorias para o transporte público em Maceió. Porém, as reclamações da população com falta de ônibus, coletivos lotados e demora no ponto para pegar o transporte são aspectos que depõem contra o setor. Além disso, falta conforto. Moramos em uma cidade cuja temperatura é alta, e os coletivos, mesmo com a passagem a R$ 3,50, não possuem ar-condicionado. Por tudo isso, como disse o vereador José Márcio Filho, a Câmara votou contra o percentual e vai trabalhar para que o processo de discussão da tarifa volte a ser uma atribuição da Câmara, como ocorria antes da criação do Conselho, em 2009", afirmou.


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