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29/01/2018 às 20h21min - Atualizada em 29/01/2018 às 20h21min

'Morto ele não está', diz Temer sobre Lula

"Queria que ele participasse da eleição para pacificar o país", acrescentou

O Fato com JB

O presidente Michel Temer falou, nesta segunda-feira (29), sobre o cenário político das eleições deste ano e a presença ou ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Dizer que Lula 'está morto' politicamente, que a imagem, palavra, presença não estará presente [no cenário político]... morto ele não está", declarou em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã.

Para Temer, a ausência do ex-presidente "tensiona o país". "Temos que distencionar as relações. O Brasil vive um tensionamento permanente. É brasileiro contra brasileiro", disse, acrescentando: "Queria que Lula participasse da eleição para pacificar o país."

Temer voltou a afirmar que não será candidato em 2018 e acrescentou que vai dedicar os próximos seis meses para recuperar seus aspectos morais.

O presidente Temer se referiu às denúncias contra ele que vieram após a delação dos empresários da JBS.

Michel Temer deu entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira

Michel Temer deu entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira

Michel Temer deu entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira

Ele declarou que não vai admitir que se diga impunimente que ele é “trambiqueiro” ou praticou falcatruas: “Eu estou cumprindo muito bem o meu papel, já estou satisfeito com o que eu fiz. Eu quero alguém que defenda o meu legado. Até porque eu fui, de alguma maneira, desmoralizado por alguns embates de natureza moral, porque a minha luta não foi política, foi de natureza moral. Quem conhece minha vida, sabe o que eu tenho, sabe da absoluta inverdade nisso que se fez. Eu, nesses seis meses, vou me dedicar à recuperação dos meus aspectos morais. Não vou admitir mais que se diga impunimente que o presidente é trambiqueiro, que fez falcatruas. Não vou permitir. Meus detratores estão na cadeia e quem não está na cadeia está desmoralizado porque foi desmascarado por fatos concretos. Ninguém foi desmoralizado à toa”.

Michel Temer ainda acrescentou: “Não acuso o Ministério Público. O que nós podemos é cifrar essa acusação a um membro do Ministério Público, que não teve tranquilidade suficiente para analisar todas as provas, verificar tudo aquilo que foi depois desmentido. Foi jogando denúncia em cima do presidente de uma maneira irresponsável”.

Ao falar sobre os quatro vice-presidentes da Caixa que foram afastados, o presidente afirmou ser quase impossível preencher todos os cargos sem indicações. "Quando um presidente chega, ele tem um número de estatais que têm 200 cargos para preencher. Como um presidente vai sentar e escolher as 200 pessoas com critérios de moralidade absoluta?", declarou.

“Podem chegar sugestões da classe política, eleita pelo voto. Então tenho o direito de indicar nomes. Agora, nomes inconvenientes, que não atendam muito bem, o governo decidirá. O fato de indicar não é criminoso. É um fato sensível na democracia”, disse, acrescentando: “As pessoas esquecem, mas a lei das estatais, que busca a moralidade administrativa, fui eu que regulamentei. Sancionei este projeto. Aconteceu essa adaptação no Banco do Brasil, Petrobrás, Furnas e agora na Caixa. O Conselho vai nomear os vices, frutos de ato deste governo”.

Previdência

Temer, afirmou ainda estar otimista em relação à aprovação da reforma da Previdência, e acrescentou que “quem não votar pela reforma da Previdência estará fazendo um mal para o país”. Segundo o presidente, agora as pessoas estão mais esclarecidas sobre o tema.

“Conseguimos fazer uma comunicação com a população, esclarecendo o que é a reforma da Previdência”. O presidente destacou que, pela proposta, para os trabalhadores que ganham até R$ 5.645 nada muda. “Se não consertarmos a Previdência, daqui a dois ou três anos ela não resiste”, alertou.

O presidente ainda acrescentou ainda que o diálogo pode levar a uma ou outra modificação: “Aconteça o que acontecer sempre haverá uma economia muito significativa ao longo de 10 anos. O governo não pretende abrir mão daquilo que está na reforma. Mas, evidentemente, o diálogo pode levar a uma ou outra modificação. Diante do projeto original, a economia de recursos seria de cerca de R$ 900 bilhões em 10 anos. Com este novo projeto amenizado, a economia seria de R$ 550 bilhões a R$ 600 bilhões, ou seja, vale a pena. Entre nada e R$ 550 bilhões, melhor esta economia, que garante os valores dos aposentados e servidores públicos.”

O presidente disse que, se a reforma for aprovada, “muito provavelmente a nota de crédito do Brasil será recuperada” e o país voltará a atrair investimentos. Temer ressaltou que o país já está aumentando sua confiança e que foram abertos, nos últimos meses, mais de 1,4 milhão de postos de trabalho. Ele espera que, até o fim de seu governo, o Produto Interno Bruto volte a crescer mais de 1% e possam ser abertas mais de 1,5 milhão de vagas de trabalho.

Temer também defendeu a reforma da Previdência em entrevistas exibidas em emissoras de televisão, no fim de semana. No programa do Amaury Jr, veiculado no último sábado, na Band, e no programa do Sílvio Santos, no domingo, no SBT, reforçou os argumentos pela aprovação da reforma e apontou os riscos para as contas do Estado caso não haja nenhuma medida para conter o déficit previdenciário.


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