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12/12/2017 às 16h00min - Atualizada em 12/12/2017 às 16h00min

Temer diz que, sem votos, Previdência pode ficar para fevereiro

Interlocutores, porém, dizem que é praticamente impossível votação em ano eleitoral

O Fato com Agência O Globo

BRASÍLIA - Após almoço no Itamaraty nesta terça-feira, o presidente Michel Temer admitiu que, caso a base não consiga os 308 votos necessários para votar a reforma da Previdência, ela poderá ficar para fevereiro do ano que vem. Apesar da fala, interlocutores do Palácio do Planalto são unânimes em dizer que é praticamente impossível conseguir votar a proposta em ano eleitoral.

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— Se tiver os 308 votos, vai a voto agora. Caso contrário, espera-se o retorno (do Congresso) em fevereiro e marca-se a data em fevereiro — disse o presidente.

Ele disse que o importante é haver uma data e contou que acertou cronograma com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Perguntado sobre o que ainda falta, respondeu: “votos”.

— Animado. Eles (os empresários) querem aprovar a Previdência. Quando se começar a discussão, vai se definir melhor. O presidente Rodrigo Maia marcou para quinta-feira para, eventualmente, ter sequência na segunda e na terça e então se verificam os votos. Aliás, tendo os votos necessários, acredito que talvez seja possível (votar). Mas (a data) já fica marcada — disse Temer.

Segundo Temer, Maia quer encerrar a discussão antes do recesso.


Temer se mostrou otimista em relação à possibilidade de o PSDB fechar questão a favor da reforma da Previdência. Os tucanos vão se reunir amanhã para definir a questão, mas a expectativa do governo é que o novo presidente do partido, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, leve os tucanos a fechar essa posição.— A ideia do Rodrigo Maia é encerrar a discussão e (se não votar) marca para fevereiro. Vamos esperar quinta-feira, por enquanto — disse ele.

— Isso é uma questão do PSDB, mas todos lá parece que estão trabalhando para o fechamento de questão — afirmou o presidente, perguntado se geraria incômodo se os tucanos não orientarem os deputados a votar a favor da proposta.

Temer disse ainda que não tem nenhum encontro marcado com Alckmin, mas que ligou para parabenizar o governador pela eleição de sábado, quando a convenção do PSDB o elegeu presidente nacional do partido.

Temer explicou que só será votada a reforma com certeza dos votos para não haver constrangimentos na base aliada.


Ao final, Temer concordou que é como no futebol, a decisão será na segunda ou terça.— Submeteria os deputados a um eventual constrangimento. A prudência recomenda que você analise com muito cuidado. A imprensa está muito favorável às reformas, e os empresários estão procurando os deputados — disse ele.


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