SÃO PAULO — A ex-senadora Marina Silva, porta-voz da Rede Sustentabilidade, afirmou nesta segunda-feira que ainda está refletindo se disputará a Presidência da República pela terceira vez, no próximo ano. Marina anunciou que tomará uma decisão sobre o tema antes do Carnaval.
— Estou fechando meu ciclo de reflexão, conversando com várias pessoas. Em breve, estarei colocando qual a forma da minha participação nessas eleições de 2018 — respondeu a líder da Rede, ao ser perguntada se será candidata, durante série de entrevistas públicas promovida pela revista "Veja".
Marina revelou que está pesando em sua definição as "condições adversas" que talvez tenha que enfrentar. Como exemplo, citou os 12 segundos de tempo de televisão que teria direito no horário eleitoral gratuito.
— Qual a melhor forma de contribuir neste momento difícil que o Brasil está enfrentando? Se ainda participando do processo político institucional com uma candidatura ou se é no lugar de uma cidadã que participa do debate com contribuições sem estar no processo eleitoral.
Indagada sobre o seu apoio no segundo turno em 2014 ao candidato do PSDB, Aécio Neves, a ex-senadora respondeu que se tivesse as informações que foram reveladas este ano pela Lava-Jato não teria se engajado na campanha do tucano.
Da mesma forma, negou ter conhecimento sobre irregularidades no avião usado por Eduardo Campos, de quem era vice até o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco. Há suspeita que a aeronave, na qual Campos estava a bordo quando se acidentou, estava em nome de laranjas.
Perguntada sobre qual o seu maior erro na política, Marina respondeu que foi "acreditar que as eleições de 2014 estavam sendo disputadas em bases republicanas", quando, segundo suas palavras, a disputa era financiada com caixa 2 do PMDB, do PT e do PSDB.— A Justiça vai dizer ao fim e ao cabo se Eduardo tinha culpa em relação a isso. E se tiver culpa, igualmente ninguém tinha informação sobre aquele avião.
— Foi um erro por honestidade, moral, intelectual e moral.