A reunião de líderes de partidos da base aliada com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (6), frustrou em parte o governo federal. Sobre a reforma da Previdência, os deputados disseram que ela "não vai passar", caso seja colocada em votação no Congresso Nacional.
Na sequência, o governo, já convencido do discurso de parlamentares que querem se reeleger e temem desagradar o eleitorado diante da impopularidade da reforma, admitiu a impossibilidade de propor as mudanças na Previdência.
Temer foi alertado por líderes da base aliada, em reunião no Palácio do Planalto, nesta segunda (6)
Coube ao líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), alertar para a distinção dos cenários antes das duas denúncias contra Temer - por corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça - e depois da votação dos processos pelos deputados.
"Nós antes das denúncias tínhamos um quadro de iminente aprovação da reforma. A realidade é que o quadro hoje não é esse. Hoje o governo não tem os votos necessários para aprovar uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional]", afirmou Baleia Rossi, em entrevista coletiva, logo após a reunião de Temer com a base aliada.
Durante um pronunciamento de Temer, diante dos líderes, ele negou que haja uma "paralisia" do governo em decorrência da fragilidade pela votação das denúncias.