O Fato Publicidade 1200x90
04/08/2017 às 09h36min - Atualizada em 04/08/2017 às 09h36min

Julgamento no TJ-SC é suspenso após advogado acusar desembargador de pedir propina

VEJAM AQUI O VÍDEO!

O Fato com Agência

Não se fala noutra coisa no meio jurídico em Santa Catarina. O clima esquentou no Tribunal de Justiça nesta quinta à tarde. Durante a sustentação oral na 1a Câmara Cível, o advogado Felisberto Odilon Córdova acusou o desembargador Eduardo Gallo, relator do processo, de ter lhe feito uma proposta pedindo R$ 700 mil para julgar favoravelmente aos interesses do cliente. 

A causa envolve uma disputa de R$ 35 milhões (agravo de instrumento interposto em execução de honorários). Bastante exaltado, Córdova não economizou nas críticas e exigiu apuração do Ministério Púbico

- Este julgamento merece ser impugnado porque ele está comprado -, bradou o advogado do púlpito.

Diante da denúncia considerada infundada pelo desembargador, Gallo exigiu que se desse ordem de prisão ao advogado. Reclamou dos excessos verbais e disse nunca ter sido chamado de vagabundo em 25 anos de magistratura. Para acalmar os ânimos, o presidente da Câmara, desembargador Raulino Brunning, pediu vista dos autos, suspendeu o julgamento e decidiu oficiar o Ministério Publico e OAB para acompanharem o caso. 

Um vídeo que mostra o momento do auge da discussão circulou rapidamente em grupos sociais na internet. O presidente da OAB-SCPaulo Brincas, determinou a instauração de uma comissão que será presidida por ele para apurar os fatos. O presidente em exercício do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador Alexandre d'Ivanenko, também informou por meio da assessoria de comunicação que já tinha ciência do ocorrido e pretende analisar o caso para depois se manifestar. 

A coluna também procurou o desembargador Gallo, via assessoria do TJ, mas foi informada que ele não estava mais na corte. 

Aliás
Independentemente da polêmica, a gravidade da denúncia exige uma rápida apuração dos fatos com toda a transparência necessária e respeito aos princípios legais. Caberá à OAB, Tribunal e Justiça e ao próprio Ministério Público assumirem o protagonismo do caso, evitando que o tema fique restrito aos compartilhamentos nas redes sociais. Inclusive pelo bem da carreira dos envolvidos. 

Por enquanto, o mundo jurídico ainda está estupefato diante do episódio.

Confira documento com pedido de vista (clique para ampliar)

Foto: Reprodução / TJ-SC

Link
Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp