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02/08/2017 às 20h42min - Atualizada em 02/08/2017 às 20h42min

CÂMARA IGNORA PROVAS E BARRA DENÚNCIA

Câmara barra denúncia contra Temer por corrupção no escândalo da JBS

O Fato com Agência O Globo

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer não conseguiu o aval de dois terços da Câmara e foi, portanto, barrada no plenário da Casa nesta quarta-feira. Os votos a favor de Temer, somados às ausências e abstenções, já somaram mais de 172, inviabilizando o número mínimo de 342 votos para a continuidade da denúncia. O parecer de Abi-Ackel (PSDB-MG), contrário à instauração de processo criminal contra o presidente, foi aprovado no plenário. (VEJA COMO VOTOU CADA DEPUTADO)

A votação ainda não chegou ao fim, mas a decisão já ocorreu com o voto do deputado Aureo (SD-RJ), que se manifestou contra a denúncia. Sem os 342 votos necessários para sua continuidade no Supremo Tribunal Federal (STF), o processo ficará parado até que Temer deixe a Presidência. 

A Procuradoria-Geral da República apresentou a acusação contra Temer por corrupção passiva. Apesar do aprofundamento da crise política a partir da revelação da delação da JBS pelo colunista do GLOBO, Lauro Jardim, em maio, o governo conseguiu barrar o processo. 

No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto sim, de acordo com o parecer do deputado Abi-Ackel, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, Psol e PMB) orientaram o não, favorável à continuidade do processo contra o presidente. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decida individualmente. Ao todo, registraram presença no plenário 404 deputados. Cada deputado teve 15 segundos para votar. 

ALIADOS DE TEMER CITAM ECONOMIA

Ao contrário da sessão que autorizou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a votação da denúncia foi marcada por justificativas relacionadas ao combate à corrupção, à agenda econômica e às reformas trabalhista e da Previdência. Nesta quarta-feira, os argumentos ligados à família ou às bases eleitorais dos parlamentares ficaram de fora dos discursos no microfone do plenário. Em geral, deputados que votam contra a denúncia — dizendo sim para o relatório que impede o prosseguimento da investigação — citam medidas tomadas pelo governo na área econômica.


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