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01/08/2017 às 00h37min - Atualizada em 01/08/2017 às 00h37min

Maioria da bancada federal de Alagoas deve votar contra Michel Temer na Câmara

Ministros alagoanos devem ser exonerados para garantir placar a favor do presidente da República

O Fato com Gazetaweb

Dos nove integrantes da bancada federal de Alagoas na Câmara, cinco já se manifestaram no sentido de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB), afastando-o temporariamente da Presidência. A denúncia deve ser levada ao plenário da Casa na sessão marcada para a próxima quarta-feira (2). O deputado Cícero Almeida (PMDB) diz que analisa os fatos, enquanto Arthur Lira (PP) vota com o peemedebista. Os governistas apontam que não há provas contra o presidente. 

Os ministros do Turismo, Marx Beltrão, e do Transporte, Maurício Quintella, devem ser exonerados para garantir votos pró-Temer no plenário, segundo a imprensa nacional. Apesar de portal o Globo trazer seu voto sim à denúncia, o deputado Pedro Vilela (PSBD) expressou nesta segunda-feira esperar uma última reunião com a bancada do partido na Câmara para a decisão final sobre a questão. 

De acordo com o deputado Givaldo Carimbão (PHS), é muito difícil que os deputados registrem presença no plenário da Casa na quarta-feira, o que pode resultar no adiamento da análise da denúncia. A oposição não quer registrar presença sem ter a certeza de que terá os 342 votos necessários dos deputados para a admissibilidade do relatório contra Temer. Ainda de acordo com ele, Brasília foi transformada "em um grande balcão de negócios a céu aberto para se garantir votos pró-Temer". 

 

"Estão comprando todos", afirmou o parlamentar, reforçando sua opinião contrária ao atual governo, postura que adotara desde o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). "Meu voto não está à venda. Não vou me juntar com quem deseja acabar com os direitos dos trabalhadores, bem como com a previdência de quem trabalhou durante toda uma vida", colocou. 

Já o deputado Cícero Almeida (PMDB), integrante da bancada governista na Câmara, diz ainda não ter tomado uma posição sobre a denúncia. Ele alega que vai "analisar com carinho" o relatório contra o presidente Temer, assegurando rechaçar "emendas, negociatas ou cargos" em troca de seu voto. "Ainda não me decidi. E não tem ninguém andando por aí falando em meu nome em busca de cargos, emendas parlamentares ou qualquer tipo de negociata. Ao que parece, a denúncia é mais jornalística, não havendo algo concreto. Tomarei uma posição nesta terça", expressou.  

Sessão

A votação da denúncia será nominal, com chamada dos deputados ao microfone, que responderão "sim", "não" ou "abstenção", no mesmo formato da votação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Antes da votação, a defesa do presidente Michel Temer terá 25 minutos para se manifestar sobre a denúncia. 

O mesmo tempo será concedido ao relator do parecer vencedor na CCJ, Paulo Abi-Ackel. Em seguida, haverá discussão entre os deputados inscritos. Um requerimento para encerrar a fase de debates poderá ser votado após quatro parlamentares falarem sobre a denúncia, sendo dois contrários e dois a favor. 

A votação terá início depois que for atingido o quórum mínimo de 342 deputados. Se o número não for alcançado, a sessão será encerrada, com os deputados remarcando a votação.


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