O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) fechou, na manhã desta sexta-feira (28), as três vias da Avenida Fernandes Lima, no sentido Farol-Centro, como forma de lutar contra as Reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo Governo Temer. A ação faz parte da Greve Geral, movimento nacional marcado por paralisações de órgãos e instituições públicos e privados, bem como caminhadas e carreatas.
A Gazetaweb se deslocou até o Cepa, onde conversou com representantes do Sinteal. Segundo a vice-presidente da entidade, Célia Capistrano, o movimento está ativo e as pessoas estão participando e indo à luta. "Somos contra os desmandos desse governo golpista, que tenta abocanhar os direitos da classe trabalhadora, conquistados com o suor de muitos. Vamos passar o dia inteiro na luta para chamar a população de Alagoas".
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e o Gerenciamento de Crises da Polícia Militar foram acionados ao local, para o controle do fluxo de veículos e possíveis negociações com os manifestantes para liberação da via.
Também se unem à categoria da Educação, trabalhadores rurais ligados ao Movimento Via do Trabalho. O presidente da entidade, Marcos Antônio da Silva, informou que os protestantes ficam no local até as 13h, quando todos seguem para Praça do Centenário, onde vão organizar a caminhada até o Centro.
Sinteal interdita avenida em protesto contra a Reforma Trabalhista
FOTO: LARISSA BASTOS
BRASKEM
Na Braskem, no Pontal da Barra, a pista não foi fechada, mas os trabalhadores se reuniram na porta da empresa para marcar a paralisação. De acordo com o Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE), cerca de 90% dos funcionários pararam os serviços.
"A expectativa é de um dia histórico para a nossa classe contra esse pacote de reformas do governo. O dia é justamente para aumentar a consciência e estamos com um movimento muito forte nas fábricas, nas estradas, nas universidades. Mas a consciência vai vir mesmo no dia a dia, quando essas reformas começarem a afetar de perto", disse o presidente da entidade, Paulo Roberto dos Santos.
Além do Sindipetro, também participam do ato o Sindicato dos Metalúrgicos, professores e estudantes.
Trabalhadores se reuniram na porta da empresa para lembrar greve geral
FOTO: LARISSA BASTOS
GREVE GERAL
Em Alagoas, mais de 20 categorias aderiram ao movimento grevista. Ao todo, as áreas de Transporte e Educação, além dos bancos, Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Correios, Rodoviários, Aeroviários, Seguridade Social e outros param as atividades contra as Reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo Governo Temer.