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01/04/2017 às 00h50min - Atualizada em 01/04/2017 às 00h50min

Paraguai: manifestantes invadem Congresso e põem fogo em escritórios

Confrontos após aprovação da reeleição deixam 30 feridos, entre manifestantes e policiais

O Fato com Agência

ASSUNÇÃO — Manifestantes invadiram o Congresso do Paraguai após senadores, partidários do presidente Horacio Cartes, aprovarem nesta sexta-feira a reeleição presidencial em uma reunião a portas fechadas. Após a decisão, protestos tomaram as ruas da cidade causando confrontos com a polícia. Segundo os bombeiros, há 30 feridos entre manifestantes e policiais.

Com dizeres como “ditadura nunca mais”, centenas de manifestantes ingressaram no edifício legislativo destruindo portões, cercas e janelas. Segundo a AFP, os opositores entraram em escritórios de congressistas favoráveis à emenda, saqueram seus pertences e colocaram fogo em alguns setores. Um alarme de incêndio soou no prédio durante vários minutos, ao mesmo tempo em que se observou grandes chamas e fumaças em algumas partes do edifício.

Imagens da imprensa local mostravam vários homens ensanguentados e outros quebrando vidros de uma patrulha, enquanto uma ambulância levava alguns feridos ao hospital. Os manifestantes também jogaram pedras em frente à sede legistativa, sendo dispersados pela polícia paraguaia, que atirava com balas de borracha, e carros hidrantes.

Protestos tomaram as ruas de Assunção após aprovaçao de reeleição presidencial - JORGE ADORNO / REUTERS

A emenda constitucional deverá ser ratificada neste sábado pela Câmada dos Deputados, também controlada pelos governistas. Os senadores não votaram no plenário, mas sim em um gabinete do Congresso, diante da resistência de legisladores da oposição contra a medida. O projeto votado nesta sexta-feira, se aprovado, deixará o caminho livre para o presidente paraguaio, Horacio Cartes, tentar continuar no poder por outro período de cinco anos.

Em um encontro convocado de surpresa, 25 senadores aliados ao governo aprovaram a proposta enquanto a polícia rodeava a Câmara. A iniciativa deveria ter o apoio de pelo menos 23 dos 45 membros da Assembleia, que estava dividida sobre o tema, e provocou acusações de ruptura institucional.

O Globo


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