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24/07/2015 às 01h52min - Atualizada em 24/07/2015 às 01h52min

Pílula do dia seguinte antiaids agora é para todos!

Começa a valer hoje (23/07) a medida que obriga todos os estabelecimentos de saúde a fornecer a pílula do dia seguinte anti aids para todos que precisar.

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Começa a valer , o uso unificado da chamada “pílula do dia seguinte” contra a AIDS, após a publicação do novo protocolo de diretrizes terapêuticas no Diário Oficial da União. A partir de agora, todas as pessoas que passaram por uma situação em que haja risco de contaminação pelo vírus HIV podem ter acesso aos medicamentos antiaids nos estabelecimentos especializados.

O verdadeiro nome do tratamento é profilaxia pós-exposição, sendo indicado para todas as pessoas que possivelmente estiveram em contato com o vírus causador da AIDS. Vale tanto para quem sofreu um acidente ocupacional, como de médicos ou enfermeiros que tiveram contato com sangue de paciente, quanto para as vítimas de violência sexual ou pessoas que fizeram relação sexual sem o uso de preservativo.

O diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, afirmou que o objetivo da nova estratégia é facilitar o acesso das pessoas ao medicamento e evitar que alguns serviços se recusem a fornecer a terapia, que vem se já é comprovadamente eficaz para prevenção da doença. “Antes da mudança, havia o entendimento incorreto de que um serviço especializado poderia atender apenas a um grupo determinado”, destacou.

Como funciona a pílula do dia seguinte antiaidis?

Para que tenha eficácia, o tratamento deve acontecer em no máximo 72hs após a exposição ao vírus e tem a duração de 28 horas. Especialistas afirmam que o ideal é que comece já nas duas primeiras horas após a exposição ao HIV. A recomendação do Ministério da Saúde é de que mesmo com o tratamento as pessoas devem continuar usando o preservativo durante a relação sexual para evitar os riscos de contágio.

A partir de agora todos os serviços que prestam atendimento à saúde devem fornecer o medicamento. Antes da medida, alguns estabelecimentos, como os de acolhida às mulheres vítimas de violência, por exemplo, negavam o tratamento sob a alegação de que deveriam dar somente às mulheres ali atendidas e muitas delas recorriam ao serviço depois de manter relações sexuais desprotegidas.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, não há uma previsão de qual será o impacto da medida. Fábio Mesquita anunciou para dezembro o lançamento de um aplicativo que deve facilitar o acesso aos serviços, uma vez que ele dará informações sobre os postos de distribuição mais próximos, além de mostrar onde estão os centros de serviços especializados em DST-Aids.

Vale lembrar também que em algumas cidades os antirretrovirais são fornecidos em unidades de emergência. “Nos casos de serviços 24 horas, a distribuição de medicamentos não é feita para 28 dias. Os serviços dão o suficiente para três ou quatro dias de terapia e pedem que o paciente retorne, num segundo momento, para pegar o restante”, destacou o diretor.

História 

Esta terapia não é nova, tendo começado nos Sistema Único de Saúde ainda nos anos 90, voltada inicialmente para os profissionais de saúde que tiveram contato com materiais contaminados ou sob risco de contaminação. Já em 1998 a terapia começou a ser estendida para as vítimas de violência sexual. Somente em 2011, passou a ser ofertada também a todos os que tiveram uma relação sexual desprotegida, apesar da recusa de alguns estabelecimentos.

Fábio Mesquita anunciou também que ainda este ano o Brasil vai definir uma estratégia para outra forma de prevenção à doença, com o uso dos antiaids antes mesmo da relação sexual desprotegida. Assim, no lugar da pílula do dia seguinte, os medicamentos teriam uma ação como o da vacina. “A eficácia da terapia pré-exposição está comprovada. O que observamos é o comportamento de pacientes voluntários, se eles mantêm o uso de remédios, se aprovam a estratégia”, concluiu.


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