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06/12/2016 às 01h01min - Atualizada em 06/12/2016 às 01h01min

Psicóloga confirma que criança reconhece réu como autor da Chacina de Guaxuma

Aline Damasceno explicou em depoimento que criança de apenas 5 anos de idade se refera à Daniel Galdino como "homem mau"

O Fato com Agência

A primeira testemunha ouvida durante a audiência de instrução sobre o caso que ficou conhecido como "Chacina de Guaxuma", na tarde desta segunda-feira (05), no Fórum de Maceió, foi a psicóloga Aline Damasceno Rêgo, que realizou um trabalho junto ao único sobrevivente da chacina, uma criança de apenas 5 anos. O réu, Daniel Galdino, foi reconhecido pela testemunha como sendo o "homem mau". 

De acordo com o depoimento da psicóloga, o trabalho desenvolvido foi o de Terapia Cognitiva Comportamental, a fim de se obter com detalhes, junto à criança, tudo o que aconteceu na noite do dia 7 de novembro de 2015, quando quatro pessoas da mesma família foram assassinadas, entre elas, os pais e os irmãos da mesma:

"Eu sentei ao lado dela e mostrei um livro dos três porquinhos. Neste livro, existe um lobo mal. Com tal contexto, eu disse à criança que, como o lobo, existiam pessoas más. Peguei o celular do delegado e mostrei a foto de várias pessoas. Quando passou a foto de Daniel Galdino Dias, o menino disse 'foi este que meteu o facão na minha cara'", afirmou Aline durante a audiência.

Aline ressaltou que, em outras oportunidades, a criança chegou a detalhar o acontecido, sempre se referindo ao acusado como "o homem mau". A psicóloga informou ainda que realizou outras brincadeiras em dias distintos, no intuito de fazer com que o menor reconhecesse o acusado. 

No mesmo depoimento, a psicóloga reforçou que o menino ainda demonstra muito medo, chegando a sentir dores e a se encolher na posição fetal sempre que questionado sobre o episódio. Ela recordou, ainda, que o delegado Cícero Lima, inicialmente, duvidou da veracidade da acusação.

"O delegado Cícero Lima duvidou que a psicologia desse certo neste caso. Porque já haviam pessoas presas. Porém, quando ele encontrou a criança, nós começamos a brincar e eu espalhei várias fotos. Ao ver a imagem do Daniel, ele a amassou com muita força. Neste momento, o delegado Cícero se emocionou e começou a chorar", relembrou.

Na ocasião, o promotor José Antônio Malta Marques confirmou que a principal testemunha reconheceu Daniel Galdino como o executor de sua família. "Ela é a testemunha-chave neste processo e, portanto, é imprescindível a presença dela na audiência. Claro que, no caso dela, o interrogatório será diferente. Os demais envolvidos também serão ouvidos hoje, quando vamos esclarecer muitos pontos", disse.

GAZETAWEB


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