O secretário de Governo de Campos e ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso preventivamente por volta das 10h30 desta quarta-feira (16) pela Polícia Federal de Campos, em um apartamento onde mora na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo, na Zona Sul da cidade. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira.
A defesa de Garotinho diz que a prisão é ilegal. O secretário de Campos foi levado para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Zona Portuária, e seria encaminhado depois para Campos ainda nesta quarta-feira.
A detenção faz parte de mais uma fase da Operação Chequinho, que investiga suposto uso eleitoral do programa "Cheque Cidadão". A Polícia Federal cumpre mandados de prisão desta operação há cerca de um mês.
Mandado de prisão contra Garotinho foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira
O advogado criminalista Fernando Fernandes havia impetrado habeas corpus com pedido de liminar neste sábado (12), para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse prisão provisória contra Garotinho.
No início do mês, a segunda fase da operação prendeu em Copacabana a ex-assessora particular da prefeita Rosinha e vereadora eleita Linda Mara Silva (PTC). A ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a radialista Beth Megafone, também foram presas, além do vereador Kellinho (PR), a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch, o vice-presidente da Câmara, Thiago Virgílio.
Em meados de outubro, na primeira fase da operação, foram presos os vereadores Miguel Ribeiro machado e Ozéias Martins.
O Ministério Público alega que, entre 30 mil beneficiários do cheque cidadão, 18 mil fariam parte do esquema, o que renderia um desperdício de R$ 3,5 milhões por mês.