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04/11/2016 às 00h06min - Atualizada em 04/11/2016 às 00h06min

Apesar de remota, cientistas afirmam a possibilidade que uma tsunami chegue na costa de Maceió

Um mega Tsunami pode atingir o Norte e Nordeste do Brasil e a Costa Leste dos USA.

O Fato com Maceió

Em 2001, cientistas previram que uma futura erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma ilha das Ilhas Canárias) poderia causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar.

Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) iria catastroficamente deslizar para dentro do oceano. Esse deslizamento causaria uma megatsunami de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com uma tsunami de trinta a cinqüenta metros alcançando a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a morte de prováveis milhões de pessoas. Especula-se também acerca da possibilidade de tal cataclisma atingir a costa norte e nordeste brasileira, fato que desperta a preocupação de algumas autoridades, tendo em vista a inexistência de qualquer mecanismo de prevenção de tsunamis no Brasil.

Segundo Bill McGuire, diretor do Centro de Pesquisa de Riscos Benfield Grieg, da University College of London, existe a possibilidade dessas ondas gigantes atingirem a região Norte e Nordeste.

Bill McGuire têm previsões catastróficas para o Brasil. McGuire garante que o bloco vai cair e gerar tsunamis que vão atravessar os oceanos até 19 horas depois da erupção, ondas de 4 a 18 metros iriam atingir a costa Norte e Nordeste do Brasil, do Pará à Paraíba. A ilha de Fernando de Noronha seria um dos locais onde a tsunami chegará com mais força no Atlântico Sul.

Veja os possíveis estragos…

1. Pontapé inicial

Uma erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha La Palma, jogaria no mar um pedaço de terra com 500 km3. A queda provocaria a formação de ondas gigantes

2. Tamanho 

O intervalo entre uma onda e outra seria de apenas 10 minutos. Logo que começassem a se formar, cada uma delas teria 120 quilômetros de comprimento

3. Primeiro alvo

Em apenas 1 hora, as ondas chegariam a uma velocidade de 720 km/h e atingiriam a costa do Marrocos com elevações de 100 metros

4. Reta final

Enquanto viajam pelo mar, as ondas perdem velocidade e ficam menores em comprimento. Já a altura cresce à medida que elas se aproximam da costa

A. Belém – Embaixo d’água

As ondas seriam fatais para cidades baixas, como a capital do Pará. “A parte mais alta de Belém tem só 30 metros de altura. O famoso Mercado Ver-O-Peso, por exemplo, ficaria encoberto por água”, diz José Geraldo Alves, do centro de geociências da Universidade Federal do Pará

B. Jericoacoara – Adeus às dunas

As ondas arrastariam estruturas sem raízes fixas, como bancos de areia. Uma energia tão grande quanto a de um tsunami faria em minutos o trabalho de anos do vento e é bem possível que as dunas fossem varridas do mapa

C. Fernando de Noronha – Matança animal

A vida marinha no arquipélago, atingido em cheio, seria muito afetada. O impacto da água poderia destruir os corais e, com isso, modificar todo o ecossistema. Dezenas de espécies de animais poderiam morrer. Entre eles, muitos golfinhos, símbolos do local

Sem Disney World

O Brasil não será a única vítima das ondas gigantes nas Américas. O tsunami também pode levar à destruição das ilhas caribenhas e de alguns estados americanos, como a Geórgia e a Flórida, que serão atingidos nove horas após o início do tsunami

Destruição nacional

As ondas que atingiriam o Norte e o Nordeste teriam 20 metros de altura e 6 quilômetros de comprimento. “Elas levarão tudo o que estiver perto da costa. Em locais onde a topografia é baixa, podem alcançar até 10 quilômetros território adentro”, diz Steven Ward

Secretaria de Recursos Hídricos afirma que não é possível tsunami 

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) informou, nesta quinta-feira (3), que é falso o boato de que um tsunami atingiria a costa alagoana, no próximo dia 29 de novembro. A informação foi compartilhada por meio das redes sociais e viralizou entre os maceioenses.

De acordo com o geólogo da Semarh, Wilton Rocha, o fenômeno natural acontece, geralmente, nas regiões do Oceano Pacífico e não no Atlântico – que banha a costa brasileira.

“O que acontece no Oceano Atlântico é o inverso do Oceano Pacífico. A placa tectônica da África se afasta da placa da América do Sul e não provoca qualquer tipo de choque. Ou seja, o que foi noticiado e disseminado sobre um alerta de emergência de um tsunami em Maceió é completamente falso”, informou Wilton.

O meteorologista da Semarh, Vinicius Nunes Pinho, explicou que a notícia divulgada, assim como as imagens distribuídas nas redes, destoa o foco principal do trabalho dos órgãos que atuam na prevenção de desastres naturais no estado, como a Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros e a Semarh.

“A prevenção de desastres naturais é um trabalho desenvolvido de forma séria e o Estado de Alagoas tem se valido desta ação no constante monitoramento de riscos contra a população. Notícias como as que estão sendo repercutidas não atentam para a nossa atual realidade”, completou Vinicius.


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